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RETRATO DO PAÍS
Aumento de seis anos na expectativa de vida e de 50% na renda média per capita levam cidade da 2ª à 1ª posição
São Caetano do Sul lidera ranking do IDH
DA REPORTAGEM LOCAL
O melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) do país -0,919- está concentrado nos 15,3 km2 do município de São Caetano do Sul, no
ABC paulista.
Lá vivem os 140 mil brasileiros
com a maior expectativa de vida
ao nascer (78,2 anos), a segunda
maior renda per capita do país
(R$ 834 mensais) e um índice de
educação que só perde para o de
Santo Amaro da Imperatriz, em
Santa Catarina (98,6% dos são-caetanenses entre 7 e 22 anos estão na escola, e 97% dos maiores
de 15 anos são alfabetizados).
O aumento de seis anos na longevidade e de quase 50% (R$
273,70) nos rendimentos de seus
moradores, ao longo da década de
90, empurraram a cidade da segunda colocação no IDH-M em
1991 para a primeira em 2000,
com um índice igual ao da Nova
Zelândia.
A "medalha de ouro" confirma
a qualidade de vida pela qual São
Caetano do Sul tanto se orgulha e
que advém, em grande parte, de
dois fatores: poucos pobres e uma
arrecadação municipal generosa,
impulsionada pelas 753 indústrias que funcionam no município, entre as quais se destaca a
montadora General Motors.
A pobreza não encontra lugar
na cidade, de onde acaba expulsa
pela falta de espaço físico e pelos
altos custos do mercado imobiliário -aluguéis e preços de imóveis chegam a ser 50% mais altos
na cidade que no resto do ABC.
Ao contrário de todos os seus
vizinhos na Grande São Paulo,
São Caetano do Sul não tem favelas. Segundo a prefeitura, só 4,2%
da população ganha menos de
três salários mínimos, quando a
média no Estado é de 34% dos trabalhadores nessa faixa salarial. E,
segundo o Censo 2000 do IBGE, a
cidade foi a única da região metropolitana a perder população.
Por outro lado, o município
vem conseguindo, nos últimos
cinco anos, registrar superávit orçamentário. Para este ano, a previsão de arrecadação era de R$
210 milhões; o consolidado ficou
em R$ 214,9 milhões. São Caetano
do Sul é hoje a quarta cidade mais
rica do Estado de São Paulo.
A prefeitura sustenta que os
bons indicadores se devem, sobretudo, a investimentos na área
social, como é o caso da instalação, nos anos 80 e 90, de dois centros para a terceira idade.
Pouco mais de 10% da população (15 mil pessoas) é associada
aos centros e pode, de forma gratuita e sob supervisão de profissionais especializados, praticar
esportes como vôlei e futebol de
salão. É oferecido também um
curso de informática, que tem 240
alunos. Há ainda atendimento
médico, odontológico, psicológico e de fisioterapeutas.
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