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Instituto da Mulher será concluído
DA REPORTAGEM LOCAL
Na mesma quadra na qual a Faculdade de Medicina se renova e
ganha nova aparência, um esqueleto de 23 pavimentos abandonados vem chamando a atenção há
11 anos. Trata-se do prédio iniciado em 1989 e planejado para ser o
Instituto da Mulher.
Depois de muitas promessas e
ensaios, o governo do Estado confirmou ontem que em janeiro
abrirá licitação para contratar o
escritório que deve elaborar o
projeto executivo do prédio.
A previsão é que em dois anos e
meio a obra esteja concluída.
O projeto executivo vai contemplar a distribuição dos andares
negociada ao longo de meses e finalizada em fevereiro do ano passado pelo conselho deliberativo
do Hospital das Clínicas, com a
participação da Secretaria de Estado da Saúde.
O que seria um hospital vertical
destinado exclusivamente à mulher, será agora um centro dedicado à alta complexidade, com prioridade para câncer e transplantes.
A divisão foi feita com o objetivo de desafogar várias áreas do
Hospital das Clínicas, especialmente as mais complexas. Assim,
além de andares para berçário de
risco, obstetrícia e ginecologia geral, o novo hospital terá dois pavimentos de UTIs, dois para transplantes e transplantados e pelo
menos três outros para diferentes
tipos de câncer.
As obras do esqueleto consumiram R$ 92,2 milhões de um total
previsto de R$ 120 milhões. No
momento, o governo prefere não
falar em valores, mas há uma estimativa de que serão necessários
mais R$ 130 milhões para concluir e equipar todo o hospital.
No total, serão 500 leitos em
84.000 m2. Além dos 23 pavimentos, o prédio tem quatro subsolos
e um anexo com nove andares.
"Há uma promessa de que o
prédio seja entregue até o final do
governo de Geraldo Alckmin",
diz Giovanni Guido Cerri, diretor
da Faculdade de Medicina. São
mais quatro anos, o que significa
um intervalo de 17 anos entre seu
início e seu término.
A partilha e a retomada das
obras encerram uma disputa que
se iniciou ainda em 1987, quando
o então secretário de Estado da
Saúde José Aristodemo Pinotti
passou a defender um hospital
dedicado exclusivamente à saúde
da mulher. Sozinho da na sua tese, Pinotti acabou voto vencido e
concordou com a atual distribuição, depois que parte do hospital
foi reservada às mulheres.
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