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Dentro do prédio, fuligem, calor e cheiro de fumaça
DA REPORTAGEM LOCAL
REPÓRTER FOTOGRÁFICO
O cheiro de fumaça ainda é muito forte. No nono
e último andar, onde fica o
centro cirúrgico do maior
hospital da América Latina, a fuligem que cobre o
chão atinge quase dois
centímetros. Equipamentos, todos sujos, estão
amontoados no chão.
No primeiro andar, na
Fundação Pró-Sangue,
funcionários arrastaram
computadores e equipamentos para os corredores
-com o calor, é quase impossível ficar nas salas.
A reportagem da Folha
percorreu ontem, por quase seis horas, parte do Prédio dos Ambulatórios, cujo funcionamento foi suspenso após um incêndio
no subsolo do prédio.
No vaivém de técnicos e,
principalmente, de funcionários de limpeza, pacientes tentavam reagendar consultas e até buscar
medicamentos.
Parte dos elevadores
continua parados e as escadas, às escuras.
"Ninguém consegue
trabalhar com esse cheiro
de plástico queimado", reclamou um funcionário da
manutenção, no 5º andar.
Alguns chegaram a comparar o cheiro com o de
"um defunto queimado".
Outros reclamaram de dor
de cabeça.
Já no foco do incêndio,
no subsolo do prédio, próximo ao restaurante, a
água cobre os pés. Apenas
os funcionários de manutenção, com lanterna, percorriam o local.
(FILIPE MARCEL E ROGÉRIO CASSIMIRO)
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