São Paulo, domingo, 28 de dezembro de 2008

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Para estudar, criança de Marsilac ainda anda na linha do trem

DA REPORTAGEM LOCAL

Marsilac é o contraponto dos demais extremos revisitados pela Folha. Sem ter sofrido inchaço populacional, o distrito de Marsilac continua pacato -mas ainda carente de água, luz e rede de esgoto.
Composto por chácaras e sítios, o distrito é o único com vista para o mar -faz divisa com Itanhaém.
Em Marsilac, o caminho da escola passa pela linha do trem. Crianças andam até 40 minutos sobre os trilhos, debaixo do sol, em meio à lama e ao mato alto, correndo o risco de se deparar com os trens de carga.
Na última década, o que mudou foi a direção da caminhada: como a escola próxima à estação Evangelista de Souza fechou, as crianças agora andam rumo ao lado oposto, para o bairro de Barragem, onde pegam o ônibus escolar.
Igor dos Santos, 11, que mora "bem lá no matão", diz sentir medo na volta da escola, no escuro. Mas não é de criminosos -é de onça. Moradores contam que foi achada uma jaguatirica perto dali.
"De vez em quando acham corpo na linha, mas nunca é de morador", diz Edson Donizete Nascimento, 36, que trabalha na linha ferroviária. (MB)


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