São Paulo, domingo, 28 de dezembro de 2008

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Folha adota nova regra ortográfica no dia 1º

Cerca de 500 funcionários do grupo foram preparados para as mudanças que valerão em 2009 e serão obrigatórias em 2013

Uso das novas regras do acordo ortográfico valerá para todo o Grupo Folha, que inclui o "Agora", a Folha Online e a Agência Folha

DA REPORTAGEM LOCAL

A Folha passa a adotar as novas regras do acordo ortográfico no dia 1º de janeiro. A mudança valerá para todo o Grupo Folha, que inclui o "Agora", a Folha Online, a Agência Folha e o Banco de Dados.
Como preparação para a mudança, cerca de 500 funcionários assistiram a uma aula de português com a professora Thaís Nicoleti de Camargo, consultora do Grupo Folha.
Para o período de adaptação, que inicialmente será de janeiro a fevereiro, o jornal reforçou a sua consultoria de português, com mais um profissional para tirar dúvidas e ajudar as equipes que participam da produção do jornal. Além disso, foram distribuídas apostilas e o corretor ortográfico no computador foi atualizado.
Nos casos de palavras em que ainda há dúvidas, a Folha manterá a grafia antiga até a publicação do novo "Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa" da Academia Brasileira de Letras -que registra a forma oficial de escrever as palavras-, prevista para fevereiro.
"Entendemos que haja dúvida ainda quanto a termos como "coabitar" ou "co-habitar", "carboidrato" ou "carbo-hidrato'", afirma Thaís.
O uso das regras do acordo ortográfico será obrigatório a partir de 2013. Só 0,5% do vocabulário usado no Brasil será alterado com a reforma.

Estranhamento
"É normal que no começo haja um estranhamento para todo mundo, para quem está escrevendo e para quem está lendo", diz Ana Estela de Sousa Pinto, editora responsável pelo treinamento da Folha. "Mas é uma questão de tempo para as pessoas se acostumarem."
De acordo com a professora Thaís, uma das mudanças que devem causar mais estranheza é a retirada do acento do ditongo aberto das palavras paroxítonas ("ideia", "assembleia", "estreia" etc).

Passado
A última reforma da língua portuguesa foi marcada pelas mudanças na acentuação. No dia 19 de janeiro de 1972, quando começava a vigorar a lei que modificava o vocabulário, a manchete da Folha foi: "Podada a floresta de acentos", uma referência à "simplificação da acentuação" da época.
Deixaram de ser usados o acento circunflexo que diferenciava, por exemplo, o substantivo "govêrno" e o verbo "governo", o acento grave em palavras como "sòmente" e "sòzinho" e o trema facultativo na palavra "saüdade".


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