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Folha adota nova regra ortográfica no dia 1º
Cerca de 500 funcionários do grupo foram preparados para as mudanças que valerão em 2009 e serão obrigatórias em 2013
Uso das novas regras do acordo ortográfico valerá para todo o Grupo Folha, que inclui o "Agora", a Folha Online e a Agência Folha
DA REPORTAGEM LOCAL
A Folha passa a adotar as novas regras do acordo ortográfico no dia 1º de janeiro. A mudança valerá para todo o Grupo
Folha, que inclui o "Agora", a
Folha Online, a Agência Folha
e o Banco de Dados.
Como preparação para a mudança, cerca de 500 funcionários assistiram a uma aula de
português com a professora
Thaís Nicoleti de Camargo,
consultora do Grupo Folha.
Para o período de adaptação,
que inicialmente será de janeiro a fevereiro, o jornal reforçou
a sua consultoria de português,
com mais um profissional para
tirar dúvidas e ajudar as equipes que participam da produção do jornal. Além disso, foram distribuídas apostilas e o
corretor ortográfico no computador foi atualizado.
Nos casos de palavras em que
ainda há dúvidas, a Folha manterá a grafia antiga até a publicação do novo "Vocabulário
Ortográfico da Língua Portuguesa" da Academia Brasileira
de Letras -que registra a forma oficial de escrever as palavras-, prevista para fevereiro.
"Entendemos que haja dúvida ainda quanto a termos como
"coabitar" ou "co-habitar", "carboidrato" ou "carbo-hidrato'",
afirma Thaís.
O uso das regras do acordo
ortográfico será obrigatório a
partir de 2013. Só 0,5% do vocabulário usado no Brasil será
alterado com a reforma.
Estranhamento
"É normal que no começo haja um estranhamento para todo
mundo, para quem está escrevendo e para quem está lendo",
diz Ana Estela de Sousa Pinto,
editora responsável pelo treinamento da Folha. "Mas é uma
questão de tempo para as pessoas se acostumarem."
De acordo com a professora
Thaís, uma das mudanças que
devem causar mais estranheza
é a retirada do acento do ditongo aberto das palavras paroxítonas ("ideia", "assembleia",
"estreia" etc).
Passado
A última reforma da língua
portuguesa foi marcada pelas
mudanças na acentuação. No
dia 19 de janeiro de 1972, quando começava a vigorar a lei que
modificava o vocabulário, a
manchete da Folha foi: "Podada a floresta de acentos", uma
referência à "simplificação da
acentuação" da época.
Deixaram de ser usados o
acento circunflexo que diferenciava, por exemplo, o substantivo "govêrno" e o verbo "governo", o acento grave em palavras como "sòmente" e "sòzinho" e o trema facultativo na
palavra "saüdade".
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