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ADMINISTRAÇÃO
Entidades de bairros querem, até quarta-feira, vistoriar 449 das 915 unidades que o IPT apontou com risco de queda
Prefeitura adia corte de árvores condenadas
VICTOR RAMOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo adiou
o corte de 915 árvores que, segundo o IPT (Instituto de Pesquisas
Tecnológicas), correm risco de
cair nos próximos dois anos. A
decisão foi tomada após reunião
realizada ontem entre a Secretaria
do Verde e Meio Ambiente e representantes de bairros.
Na reunião ficou acertado que
as entidades de bairro das cinco
subprefeituras onde as análises
foram feitas -Sé, Pinheiros, Vila
Mariana, Santo Amaro e Lapa-
irão verificar, até quarta-feira, um
conjunto de 449 árvores que tem
maior risco de queda. Por ora, as
466 restantes, com risco menor de
caírem, permanecem como estão.
Na própria quarta-feira uma
nova reunião será realizada. De
acordo com o secretário do Verde
e Meio Ambiente, Eduardo Jorge,
as árvores em relação às quais não
houver consenso sobre a necessidade de corte serão alvo de novas
discussões. As outras entrarão em
um cronograma para que sejam
retiradas pela prefeitura.
As cinco regiões foram escolhidas para serem as primeiras analisadas pelo IPT justamente em razão do histórico de queda de árvores que possuem. Em outubro
do ano passado um motoqueiro
morreu ao ser atingido por uma
árvore de cerca de dez metros de
altura que caiu na avenida Sumaré, área da subprefeitura da Lapa.
Apenas neste mês, a Defesa Civil
já registrou a queda de 53 árvores
em São Paulo. No ano passado inteiro foram registradas 451 quedas e, em 2003, foram 614. O principal problema das árvores é a infestação por cupins.
IPT
O IPT não comentou sobre o
risco que a demora no corte das
915 árvores apontadas como em
situação de risco pode acarretar à
população. De acordo com a assessoria de imprensa do instituto,
cabe à prefeitura a decisão de cortar ou não as árvores.
Além do convencimento dos representantes de bairro, a atual situação de restrição financeira da
administração municipal também deve colaborar para a demora no corte das árvores. A gestão
José Serra (PSDB) afirma não
possuir dinheiro em caixa para
retirá-las. Por isso, a Secretaria
das Subprefeituras tenta, por
meio de parcerias com empresas,
viabilizar o projeto.
Segundo a administração municipal, o objetivo das reuniões
com as entidades de bairro é esclarecer os moradores sobre a importância de que as árvores sejam
cortadas. Mas, segundo Eduardo
Jorge, a decisão sobre cada uma
delas será tomada em conjunto
com as entidades, mesmo que isso leve a uma maior demora, apesar do risco constatado pelo IPT.
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