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Volta de lombada eletrônica é adiada de novo
Após 6 meses desativados, redutores de velocidade devem voltar a operar em maio nas federais; prazo anterior era março
Segundo departamento responsável, só falta parecer
de advogados federais para iniciar licitação; acidentes
podem ser reduzidos em 80%
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA
Desativadas há seis meses,
todas as lombadas eletrônicas
das rodovias federais só devem
voltar a funcionar, segundo o
Dnit (Departamento Nacional
de Infra-Estrutura de Transportes), em maio -se os prazos
forem cumpridos a partir de já.
A previsão era que os Redutores Eletrônicos de Velocidade fossem reativados até março. Com o adiamento, os trechos continuarão sem fiscalização de excesso de velocidade.
A falta dos radares pode deixar as federais mais perigosas
não só no Carnaval mas também na Páscoa. Nos feriados de
fim do ano, 295 pessoas morreram em dez dias nas estradas
federais; 35% a mais que no
mesmo período de 2006.
As lombadas chegam a diminuir em 80% os acidentes nos
pontos onde são instaladas, segundo o próprio Dnit. "A maior
função delas é diminuir os acidentes em pontos específicos e
muito perigosos. Elas são essenciais", diz Luiz Cláudio Varejão, coordenador-geral de
operações rodoviárias do Dnit.
O contrato com o consórcio
de cinco empresas que exploravam o serviço acabou, e as renovações haviam esgotado. Até
hoje, não foi nem sequer publicado o edital da concorrência.
O órgão diz que só falta um
parecer de advogados federais
sobre o documento, o que não
foi feito devido à greve na AGU
(Advocacia Geral da União),
desde o dia 17. A reivindicação é
o cumprimento de acordo que
previa aumento de 30% do salário até novembro de 2009.
Mas o Dnit admite que a previsão de maio é otimista. Será
necessário que o edital seja lançado ainda fevereiro -entre
apresentação das propostas e
assinatura dos contratos se
passam ao menos três meses.
Além disso, o prazo não leva
em conta possíveis recursos de
concorrentes descontentes
com o edital ou com o resultado. Há ainda que se considerar
o tempo de 15 dias no mínimo
para a instalação das máquinas.
Mas quando por fim voltar, o
sistema de lombadas passará
de 321 unidades para 1.130.
O governo gastará R$ 743,8
milhões em cinco anos de contrato, sem contar prorrogações.
Outro lado
O Dnit diz que a demora para
começar o processo licitatório
se deve à falta de um parecer
sobre o edital dos advogados
públicos federais do órgão
-que estão em greve desde o
dia 17 por reivindicarem o cumprimento de acordo que previa
aumento de 30% do salário até
novembro de 2009.
A assessoria da AGU nega
que a greve seja a causa do atraso, e diz que já foi feito um parecer. Segundo sua assessoria,
30% dos advogados estão trabalhando. "O volume dos processos é muito grande", diz
Luiz Cláudio Varejão, coordenador-geral de operações rodoviárias do órgão. "É uma das
prioridades". Segundo o Dnit, o
parecer é o documento restante para publicação do edital.
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