Constatação é de pesquisa realizada com 20 mil cirurgiões plásticos de 84 países

Seios de Pamela Anderson são os mais citados como modelo; em relação ao bumbum, Juliana Paes também foi bem votada

CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL

Na hora de fazer uma plástica, as mulheres querem ter os lábios da Angelina Jolie, o nariz da Nicole Kidman, os seios da Pamela Anderson, o bumbum da Jennifer Lopez e a barriguinha da Gisele Bündchen. Já os homens se inspiram no abdome e no nariz de Brad Pitt e nos olhos de George Clooney.
É o que aponta uma pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética com 20 mil cirurgiões plásticos de 84 países, entre eles o Brasil.
O objetivo era saber quais influências as pessoas famosas têm sobre as decisões tomadas pelos pacientes.
No questionário enviado aos médicos, foi pedido que eles relacionassem nomes de pessoas famosas a 11 procedimentos feitos por homens e mulheres. Seios e lábios foram as principais categorias de escolhas femininas influenciadas por mulheres famosas, seguidos por nádegas, nariz e abdome.
Depois de Pamela Anderson, os seios mais citados foram os de Gisele Bündchen, os da cantora Britney Spears e os da apresentadora Xuxa. Em relação ao bumbum, as atrizes Juliana Paes e Sandra Bullock foram também bem votadas.
Outro dado curioso na pesquisa foi que muitos médicos relataram que suas pacientes mencionam celebridades com as quais não querem ficar parecidas. Os festejados seios de Anderson, por exemplo, também foram os mais rejeitados. Já entre os homens, o cantor Michael Jackson foi considerado a antítese do padrão de beleza em todos os quesitos.

Resultado insatisfatório
Cirurgiões plásticos brasileiros, entretanto, afirmam que deve ser evitada qualquer referência de padrão estético em um ato cirúrgico.
"É uma atitude condenável. A paciente que deseja ter os seios de fulana ou a boca de sicrana tem grandes chances de ficar insatisfeita com o resultado da cirurgia", afirma José Tariki, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Para o cirurgião Wilson Andreoni, um dos coordenadores da câmara técnica de cirurgia plástica do Cremesp (conselho de medicina paulista), o único modelo deve ser a própria pessoa que decide operar.
"Cada indivíduo tem um tipo de constituição física e o cirurgião plástico deve respeitar somente esse padrão."
Tariki diz que o mais comum entre as brasileiras é a citação de resultados de cirurgias plásticas que elas não desejam. "Elas já chegam dizendo que não querem ficar com os seios do tamanho de tal atriz ou com os lábios de tal pessoa."


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