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Represa cheia agrava alagamentos em Sorocaba
LUIZA BANDEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SOROCABA
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
A abertura das comportas da
represa Itupararanga agravou a
cheia do rio que corta Sorocaba
(96 km de São Paulo), segundo a
prefeitura. O transbordamento
do rio Sorocaba deixou alagada,
desde segunda-feira, a principal
avenida da cidade, a Dom
Aguirre. Casas próximas do leito também foram afetadas -algumas foram abandonadas.
A prefeitura diz que isso
ocorreu por causa do grande
volume de chuvas, somado à
abertura das comportas.
Estão abertas 16 comportas,
com vazão de 55 m3, segundo a
CBA (Companhia Brasileira de
Alumínio), administradora da
represa. O local fornece água
para Sorocaba e Votorantim. O
reservatório não integra o sistema Cantareira, que ameaça moradores da região de Campinas.
A CBA informou que os problemas foram causados pelo
volume anormal de chuvas.
A interdição de um trecho da
avenida prejudica o trânsito.
"Já morei em São Paulo e não
estava com saudade de enfrentar trânsito", diz o contador
Eliezer Oliveira, 40.
A água do rio invadiu casas
do Jardim Maria do Carmo.
Metade da pequena rua Ingracia Agrisani Gomes ficou alagada. Das 11 casas, duas foram
abandonadas. Quem ficou faz
vigília para evitar possíveis saques. A prefeitura informou
que a Guarda Municipal e PMs
fazem a segurança.
Contêineres
Em Atibaia (67 km de SP),
dez famílias estão vivendo em
contêineres instalados numa
área descampada. Desde dezembro, a cidade sofre com a
cheia do rio de mesmo nome
-os moradores culpam a Sabesp; dizem que ela deveria ter
administrado o nível das represas do sistema Cantareira.
O transbordamento afetou
900 famílias, número que ainda pode subir após a chuva que
ontem voltou a atingir a região.
A maioria dos moradores dos
contêineres foi removida da Vila São José, bairro pobre encoberto pela água.
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