São Paulo, sábado, 29 de janeiro de 2011

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Outro ex-secretário suspeito de morte de prefeito é preso

Prisão é a 8ª relacionada ao assassinato ocorrido em dezembro em Jandira

Segundo inquérito, a motivação seria a disputa por poder e por propinas supostamente pagas à prefeitura

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

A Polícia Civil prendeu ontem mais um suspeito de envolvimento na morte do prefeito de Jandira, Walderi Braz Paschoalin (PSDB). Os investigadores dizem que o advogado e ex-secretário de Governo Sérgio Paraíso era o segundo mandante do crime.
O inquérito concluiu que foi Paraíso, juntamente com o ex-secretário de Habitação Wanderley de Aquino, quem arquitetou a morte do prefeito. A motivação seria a disputa por poder no município e por propinas supostamente pagas à prefeitura.
Para o delegado que preside as investigações, Zacarias Tadros, o advogado estava insatisfeito com sua demissão, ocorrida em agosto de 2009, e por ter sido retirado do esquema de corrupção articulado pelo prefeito.
Após ser demitido, afirma, ele começou a planejar a morte de Paschoalin com a ajuda do amigo Aquino.
Com a detenção de Paraíso, chega a oito o número de suspeitos detidos pelo assassinato de Paschoalin, morto em 10 de dezembro.
Secretário de Governo por oito meses, Sérgio Paraíso chegou à delegacia como testemunha para depor no inquérito e saiu de lá preso.
Nos últimos meses ele morava no RJ e a polícia não sabia onde o encontraria.
Sua prisão só foi possível porque funcionários públicos informaram que ele estaria em Jandira.
Ontem, a Justiça decretou também a prisão de Anderson Muniz. Ele foi funcionário público e candidato a vereador pelo PR derrotado nas eleições passadas. Para a polícia, Muniz ajudou na execução do crime. Até a conclusão desta edição, o suspeito não tinha sido preso.
Além de Muniz, o ex-policial militar Ronaldo da Silva Lobo também está foragido. Ele é apontado como a pessoa que obteve as armas usadas no assassinato.


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