|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEC quer mudar português já em 2009
Comissão do ministério criou proposta para que reforma ortográfica comece a ser implantada a partir de janeiro próximo
Acordo ortográfico foi aprovado pelo Congresso em 1995, mas implantação era adiada devido à não-ratificação por Portugual
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma comissão do MEC elaborou uma proposta para que a
reforma ortográfica da língua
portuguesa comece a ser implantada no Brasil a partir do
dia 1º de janeiro de 2009.
A reforma prevê, entre outros pontos, o fim do trema e de
acentos em palavras como vôo,
herói, idéia e assembléia do vocabulário dos países de língua
portuguesa.
A proposta da Colip (Comissão para Definição da Política
de Ensino-Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua
Portuguesa) ainda tem que ser
submetida ao ministro Fernando Haddad (Educação), aos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores e à Presidência.
Ela prevê um prazo de três
anos para a transição entre a
ortografia atual e a prevista pela reforma. Nesse intervalo, as
duas normas vigorariam.
Segundo Godofredo de Oliveira Neto, presidente da comissão, a partir do dia 31 de dezembro de 2011, todos os livros
didáticos, provas para concurso
e vestibulares teriam que estar
submetidos às novas regras.
Em comunicado enviado no
começo do mês à editoras de livros didáticos, o MEC já exigiu
que as obras enviadas às escolas
públicas estejam adequadas às
mudanças em 2010.
O projeto da comissão prevê
ainda a elaboração de um vocabulário da língua portuguesa
no Brasil de acordo com as novas regras. Ele seria produzido
pela Academia Brasileira de Letras, em conjunto com especialistas dos outros países da
CPLP (Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa).
O acordo ortográfico foi firmado em 1991 e aprovado pelo
Congresso no Brasil em 1995.
Em tese, ele já está em vigor,
uma vez que tem, como previsto, a assinatura de três países da
CPLP -além do Brasil, Cabo
Verde e São Tomé e Príncipe.
A implementação da reforma, porém, era adiada pelo governo brasileiro devido à não-ratificação por Portugal.
A situação mudou quando,
no início do mês, o conselho de
ministros do país anunciou o
desejo de aderir à reforma -a
decisão, porém, ainda tem que
ser aprovada pelo Legislativo.
Texto Anterior: Vazamento perto da cratera foi em tubulação clandestina Próximo Texto: Anac lista 175 aeroportos com falhas, mas não divulga locais Índice
|