São Paulo, terça-feira, 29 de abril de 2008

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Simulação indica que pai levou 3 min, após queda de filha, para achá-la no solo

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de três minutos foi o tempo que Alexandre Nardoni levou entre a queda de Isabella e o momento em que a encontrou, já no solo, segundo concluíram peritos do IC (Instituto de Criminalística). A informação é baseada na simulação da cena do assassinato da menina, realizada no domingo.
Laudos do IC, obtidos pela Folha e que deverão ser apresentados amanhã pela polícia, vão reforçar a versão dos policiais responsáveis pela investigação do caso de que foi Nardoni quem a atirou pela janela do sexto andar do prédio.
Do barulho da queda, ouvido pelo porteiro, até a chegada do pai, vista por moradores, passaram três minutos, de acordo com a cronometragem feita por peritos durante a reconstrução simulada -como a perícia chamou a reconstituição.
Anna Carolina Jatobá, mulher de Nardoni e madrasta de Isabella, desceu um minuto depois do marido. A informação diverge do que o casal disse à polícia -de que desceu junto. O laudo sobre a cena do crime ficará pronto em dez dias.
Para a Polícia Civil, a informação reforça a tese de que Nardoni permaneceu no apartamento com Jatobá, ligando para parentes para questionar sobre como agir naquele caso.
De acordo com a perícia, um minuto é o tempo que o elevador leva para percorrer os 15 pavimentos do edifício London. Em sua defesa, o casal alega que alguém entrou no apartamento e atirou a menina.
Nos laudos, fotos mostram um perito com altura e peso semelhantes aos de Nardoni, com camiseta parecida com a que ele usava no dia do crime, simulando a queda de uma boneca de 25 kg -peso de Isabella. Essa simulação teve como base marcas da rede de proteção da janela na camiseta do pai.


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