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Simulação indica que pai levou 3 min, após queda de filha, para achá-la no solo
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de três minutos foi o
tempo que Alexandre Nardoni
levou entre a queda de Isabella
e o momento em que a encontrou, já no solo, segundo concluíram peritos do IC (Instituto de Criminalística). A informação é baseada na simulação
da cena do assassinato da menina, realizada no domingo.
Laudos do IC, obtidos pela
Folha e que deverão ser apresentados amanhã pela polícia,
vão reforçar a versão dos policiais responsáveis pela investigação do caso de que foi Nardoni quem a atirou pela janela do
sexto andar do prédio.
Do barulho da queda, ouvido
pelo porteiro, até a chegada do
pai, vista por moradores, passaram três minutos, de acordo
com a cronometragem feita por
peritos durante a reconstrução
simulada -como a perícia chamou a reconstituição.
Anna Carolina Jatobá, mulher de Nardoni e madrasta de
Isabella, desceu um minuto depois do marido. A informação
diverge do que o casal disse à
polícia -de que desceu junto. O
laudo sobre a cena do crime ficará pronto em dez dias.
Para a Polícia Civil, a informação reforça a tese de que
Nardoni permaneceu no apartamento com Jatobá, ligando
para parentes para questionar
sobre como agir naquele caso.
De acordo com a perícia, um
minuto é o tempo que o elevador leva para percorrer os 15
pavimentos do edifício London. Em sua defesa, o casal alega que alguém entrou no apartamento e atirou a menina.
Nos laudos, fotos mostram
um perito com altura e peso semelhantes aos de Nardoni, com
camiseta parecida com a que
ele usava no dia do crime, simulando a queda de uma boneca
de 25 kg -peso de Isabella. Essa simulação teve como base
marcas da rede de proteção da
janela na camiseta do pai.
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