São Paulo, quarta-feira, 29 de abril de 2009

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São Bento é o melhor do país pela 3ª vez

Nos quatro anos em que o MEC divulga o Enem por escola, colégio de São Bento, no Rio, só não liderou em 2007, quando ficou em 4º

Fundado em 1858, colégio de São Bento cobra R$ 1.700 de mensalidade média, aceita apenas meninose é em período integral


DA SUCURSAL DO RIO

Desde que, há quatro anos, o MEC passou a divulgar o resultado do Enem por escola, o tradicional colégio de São Bento, no Rio, já apareceu três vezes como o de melhor média do país. Em 2007, foi o 4º.
Na primeira ocasião, em 2006, a supervisora pedagógica, Maria Elisa Pedrosa, conta que levou um susto com a "invasão" de jornalistas no dia da divulgação do resultado.
Ontem a cena se repetiu com repórteres se revezando nas entrevistas. "Já incorporamos isso na nossa rotina, pois é importante passar as informações corretas", diz ela.
Com tamanha mídia favorável nos jornais, o São Bento tem como regra não fazer anúncios para atrair estudantes. Mas, de vez em quando, alguns de seus alunos têm a foto estampada em propagandas de cursinhos pré-vestibulares.
"São alunos nossos, que, às vezes, estudaram a vida toda aqui, mas que recebem propostas de outros estabelecimentos para estudar de graça em troca de ter a foto publicada caso fiquem nas primeiras colocações", diz Pedro Araújo, coordenador do ensino médio.

Meninos
Uma das particularidades do São Bento, fundado em 1858, é o fato de ele aceitar apenas meninos. Outra característica que o diferencia dos demais colégios é ter turno integral.
A mensalidade média é de R$ 1.700, o que limita a clientela a famílias de classe média e alta. "Mas temos muitos pais que abrem mão de muita coisa para poder investir na educação dos filhos", diz Maria Elisa.
Ela afirma que, para obter os melhores resultados, o colégio não exclui os alunos que repetem ou têm alguma deficiência.
"Não fazemos nenhum afunilamento para ficar apenas com os melhores. O que acontece, às vezes, no entanto, é conversar com a família e, até por uma questão de honestidade, mostrar que a criança não está conseguindo se adaptar ao ritmo do colégio."
A supervisora pedagógica diz também que a escola não fecha suas portas para alunos com deficiência: "Não temos nenhum caso, hoje, mas estamos abertos para lidar com situações especiais. Em caso de deficiência cognitiva, acho mais difícil o aluno se adaptar. Mas já tivemos estudantes com outras necessidades e que não tiveram problema algum".


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