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São Bento é o melhor do país pela 3ª vez
Nos quatro anos em que o MEC divulga o Enem por escola, colégio de São Bento, no Rio, só não liderou em 2007, quando ficou em 4º
Fundado em 1858, colégio de São Bento cobra R$ 1.700 de mensalidade média, aceita apenas meninose é em período integral
DA SUCURSAL DO RIO
Desde que, há quatro anos, o
MEC passou a divulgar o resultado do Enem por escola, o tradicional colégio de São Bento,
no Rio, já apareceu três vezes
como o de melhor média do
país. Em 2007, foi o 4º.
Na primeira ocasião, em
2006, a supervisora pedagógica, Maria Elisa Pedrosa, conta
que levou um susto com a "invasão" de jornalistas no dia da
divulgação do resultado.
Ontem a cena se repetiu com
repórteres se revezando nas
entrevistas. "Já incorporamos
isso na nossa rotina, pois é importante passar as informações
corretas", diz ela.
Com tamanha mídia favorável nos jornais, o São Bento tem
como regra não fazer anúncios
para atrair estudantes. Mas, de
vez em quando, alguns de seus
alunos têm a foto estampada
em propagandas de cursinhos
pré-vestibulares.
"São alunos nossos, que, às
vezes, estudaram a vida toda
aqui, mas que recebem propostas de outros estabelecimentos
para estudar de graça em troca
de ter a foto publicada caso fiquem nas primeiras colocações", diz Pedro Araújo, coordenador do ensino médio.
Meninos
Uma das particularidades do
São Bento, fundado em 1858, é
o fato de ele aceitar apenas meninos. Outra característica que
o diferencia dos demais colégios é ter turno integral.
A mensalidade média é de
R$ 1.700, o que limita a clientela a famílias de classe média e
alta. "Mas temos muitos pais
que abrem mão de muita coisa
para poder investir na educação dos filhos", diz Maria Elisa.
Ela afirma que, para obter os
melhores resultados, o colégio
não exclui os alunos que repetem ou têm alguma deficiência.
"Não fazemos nenhum afunilamento para ficar apenas
com os melhores. O que acontece, às vezes, no entanto, é
conversar com a família e, até
por uma questão de honestidade, mostrar que a criança não
está conseguindo se adaptar ao
ritmo do colégio."
A supervisora pedagógica diz
também que a escola não fecha
suas portas para alunos com
deficiência: "Não temos nenhum caso, hoje, mas estamos
abertos para lidar com situações especiais. Em caso de deficiência cognitiva, acho mais difícil o aluno se adaptar. Mas já
tivemos estudantes com outras
necessidades e que não tiveram
problema algum".
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