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Governo lança campanha de saúde para travestis
Cartazes e folders tratarão de respeito e sexo seguro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
"Para turbinar seu corpo, opte pelas próteses de silicone de
clínicas autorizadas. Elas são a
forma mais segura de te deixar
linda. A injeção de silicone industrial líquido é perigosa."
A recomendação está em um
cartaz que faz parte da campanha de promoção da saúde e
dos direitos humanos de travestis lançada ontem pelo governo federal.
Organizada pelo Ministério
da Saúde e pela Secretaria de
Direitos Humanos, a ação terá
dois slogans: "Sou travesti. Tenho direito de ser quem sou" e
"Veja além do preconceito".
Produzidos por travestis, os
folders e cartazes tratam principalmente de respeito e sexo
seguro. "Pode achar diferente,
pode até discriminar, mas não
esqueça também de sempre me
respeitar", diz um deles. "Oi,
mona, tem camisinha na bolsa?", diz outro.
No site do Departamento de
DST e Aids www.aids.gov.br/travestis, será possível baixar
toques de celular com o tema.
No lançamento da campanha, o ministro José Gomes
Temporão (Saúde) afirmou que
um dos públicos que precisam
ser sensibilizados é o dos funcionários de serviços da saúde.
"Temos que fazer um trabalho
de conscientização com esses
profissionais para que eles percebam que essas pessoas [travestis] têm problemas específicos e necessitam de um acolhimento especial."
Para as escolas, a campanha
recomenda que os alunos travestis sejam chamados pelo nome social e que possam utilizar
o banheiro feminino.
Mudança de sexo
Em 2009, em outro gesto de
aproximação com a população
LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais), Temporão e o presidente Lula anunciaram que a realização de cirurgias de troca de
sexo passariam a ser pagas pelo
SUS (Sistema Único de Saúde).
De acordo com o Conselho
Federal de Medicina, é preciso
ter pelo menos 21 anos para fazer o procedimento.
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