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Planta serve de
indicador em
todo o mundo
DA REPORTAGEM LOCAL
A Tradescantia é um bioindicador para poluição atmosférica usado no mundo inteiro
por ser bastante sensível e sofrer mutações visíveis com
uma simples lupa. Pesquisadores comparam a freqüência de
alterações da planta à que ocorre em células de mamíferos.
Em São Paulo, ela já foi usada
em diversas pesquisas, como as
que determinaram os efeitos
nocivos das emissões do incinerador Vergueiro (zona sul),
no início dos anos 90.
A pesquisa do Ibirapuera foi
feita entre setembro de 2002 e
agosto de 2003. Nela foram
usados dois clones da Tradescantia, um norte-americano
(mais comum) e um japonês.
As mutações são vistas nos filamentos do meio da flor (pêlos estaminais). Em contato
com a maioria dos poluentes,
eles deixam de ser azuis e ficam
cor-de-rosa. Dos poluentes
medidos no parque, o único
que não teve correlação com
mutações na Tradescantia foi o
ozônio -o que confirma estudos internacionais.
Foram colocados 40 vasos de
cada um dos clones no teto da
escola de astrofísica, próxima
ao planetário. Eles ficaram no
alto para se livrar da influência
de ressuspensão de terra e fumaça de cigarros, entre outras.
O "grupo de controle" das
plantas ficou em Poços de Caldas (MG). Em condições normais, as plantas apresentam
uma taxa de até 2,25 pêlos com
mutações por grupo de mil. No
Ibirapuera, chegaram a ter 20,4
por mil em julho de 2003.
(MV)
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