São Paulo, sábado, 29 de maio de 2004

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Planta serve de indicador em todo o mundo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Tradescantia é um bioindicador para poluição atmosférica usado no mundo inteiro por ser bastante sensível e sofrer mutações visíveis com uma simples lupa. Pesquisadores comparam a freqüência de alterações da planta à que ocorre em células de mamíferos.
Em São Paulo, ela já foi usada em diversas pesquisas, como as que determinaram os efeitos nocivos das emissões do incinerador Vergueiro (zona sul), no início dos anos 90.
A pesquisa do Ibirapuera foi feita entre setembro de 2002 e agosto de 2003. Nela foram usados dois clones da Tradescantia, um norte-americano (mais comum) e um japonês.
As mutações são vistas nos filamentos do meio da flor (pêlos estaminais). Em contato com a maioria dos poluentes, eles deixam de ser azuis e ficam cor-de-rosa. Dos poluentes medidos no parque, o único que não teve correlação com mutações na Tradescantia foi o ozônio -o que confirma estudos internacionais.
Foram colocados 40 vasos de cada um dos clones no teto da escola de astrofísica, próxima ao planetário. Eles ficaram no alto para se livrar da influência de ressuspensão de terra e fumaça de cigarros, entre outras.
O "grupo de controle" das plantas ficou em Poços de Caldas (MG). Em condições normais, as plantas apresentam uma taxa de até 2,25 pêlos com mutações por grupo de mil. No Ibirapuera, chegaram a ter 20,4 por mil em julho de 2003. (MV)


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