São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 2008

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Brasil investe bem menos que o Chile no ensino primário, segundo relatório

DA SUCURSAL DO RIO

Além de ter professores insatisfeitos com seus salários, o Brasil também não é o país que mais investe no ensino. O gasto médio brasileiro por aluno do ensino primário, de US$ 1.159, é bem superior ao de países que estão no fim da fila, como Peru (US$ 479) ou Índia (US$ 484), mas fica bem abaixo do Chile (US$ 2.120), segundo o relatório da Unesco.
Na comparação dos valores em dólares, a entidade leva em conta o custo de vida em cada um dos 11 países em desenvolvimento incluídos no estudo.
Para Vincent Defourny, representante da Unesco no país, a distância do Brasil em relação ao Chile mostra que seria possível investir mais.
Ele destaca que o relatório também mostra que, enquanto no Brasil a média de tempo de um aluno em sala de aula é de 800 horas por ano, no Chile ela chega a 1.200 horas.
"Uma educação de melhor qualidade é também uma educação em que o aluno passa mais tempo em sala. Isso certamente tem um custo, mas que se reflete na qualidade", afirma Defourny.
O representante da Unesco afirma ainda que um ponto importante do relatório e comum a todos os países analisados é o alto grau de desigualdade nas condições de acesso à educação.
"A escola não está funcionando como um corretor das desigualdades nesses países."

Família
O estudo da Unesco também analisou algumas características familiares que normalmente interferem de forma negativa no desempenho dos estudantes.
Entre os países analisados, o Brasil aparece com percentuais acima da média no caso de alunos que vivem em casas onde há menos de 25 livros disponíveis e no de famílias monoparentais, ou seja, em que há só a mãe ou o pai.


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