|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Policial é arrastado e morto após ir à favela só
Segundo a polícia, suspeito do crime recebeu uma intimação para a sua mãe e matou o agente com a arma do policial
Policial foi arrastado por cerca de cem metros em favela de Santo André após ser esfaqueado e baleado; ele havia ido entregar intimação
DO "AGORA"
Um policial civil foi assassinado, com sua própria arma,
após ir sozinho na manhã de
ontem a uma favela na periferia
de Santo André (ABC). Segundo a polícia, o investigador foi
ao Morro do Kibom entregar
uma intimação. O assassino
abriu a porta, o esfaqueou pelas
costas, tomou a arma dele e o
baleou. O policial foi arrastado
pela favela.
Segundo a polícia, Claudionor Pereira de Souza, 57, levou
a intimação até um barraco na
favela e foi atendido por Reinaldo Pereira da Silva, 23. Ele
teria chegado a assinar a intimação endereçada à mãe dele,
Clarice da Silva, testemunha de
tentativa de estupro e homicídio. Ela não estava em casa.
O assassino, que estaria cortando um abacaxi, esperou o investigador virar de costas e o
atingiu na nuca com uma faca.
Em seguida, o rapaz teria tomado o revólver do policial e o baleado. A polícia ainda não sabe
quantos atingiram o investigador devido ao grande número
de ferimentos no corpo.
O policial foi arrastado por
cerca de cem metros na favela.
Para isso, ele teve a ajuda de um
homem, segundo a polícia. Depois, ele foi levado até o carro
oficial dele, uma Land Rover.
Segundo investigadores que
estavam no local, os homens teriam atirado no tanque do veículo, na tentativa de fazê-lo pegar fogo. "A polícia chegou muito rápido depois dos tiros", contou um morador da favela. A vítima foi levada até um pronto-socorro de Santo André, mas
não resistiu.
Para a polícia, o homem que
abriu a porta da casa e atacou o
policial pode ser o autor da tentativa de estupro e tentativa de
homicídio que consta na intimação. "Constava como autor
do crime um "Ronaldo". Acreditamos que, na verdade, poderia
ser o Reinaldo", disse o delegado seccional de Santo André,
Luiz Carlos dos Santos. O rapaz
tinha sido solto da prisão havia
pouco tempo, após cumprir pena por roubo.
Clarice, mãe do suspeito e a
quem a intimação era endereçada, está sob custódia da polícia e prestou depoimento.
Após o crime, cerca de 150
policiais ocuparam a favela.
Helicópteros foram usados nas
buscas, que, disse o delegado,
continuariam na madrugada.
O policial morto estava havia
17 anos na corporação e trabalhava atualmente no 6º Distrito
Policial de Santo André. Ele era
casado e tinha três filhos.
Texto Anterior: Everest: Brasileiros sobem ao topo da mais alta montanha Próximo Texto: Conduta: Sair sozinho não é padrão para policial, afirma delegado Índice
|