|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Unicamp recusa partos após surto de vírus
Contaminação por vírus atingiu 16 bebês em UTI neonatal de hospital; houve 1 morte, mas causa não foi confirmada
Segundo nota da Unicamp, as internações para partos estão suspensas até que o surto esteja erradicado na UTI do Hospital da Mulher
GUSTAVO HENNEMANN
DA AGÊNCIA FOLHA
O Hospital da Mulher da
Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) suspendeu
anteontem as internações na
maternidade após detectar um
surto de vírus que contaminou
16 bebês na UTI neonatal.
Segundo nota divulgada pela
Unicamp, as internações para
partos estão suspensas até que
o surto esteja erradicado -período de pelo menos dez dias.
Suspeita-se que o vírus possa
ter causado a morte de um dos
bebês, que estava internado havia dois meses por complicações cardíacas e neurológicas.
A causa da morte ainda não
foi confirmada. Um dos bebês
já recebeu alta e 14 seguem internados na UTI em salas isoladas -dois em estado grave.
Outras 12 crianças que estavam na UTI e não apresentaram os sintomas -febre, secreções e falta de ar- também foram para salas restritas.
Todas recebem tratamento,
já que o período de incubação
varia de dois a dez dias.
Surto
Segundo a diretora-adjunta
do hospital, Angela Maria Bacha, o surto iniciou com dois
casos concomitantes. O primeiro a ser confirmado, em 14
de maio, de uma criança internada com problemas respiratórios; o segundo, confirmado no
dia 15, de um bebê que, provavelmente, contraiu o vírus de
familiares que visitaram a UTI.
Segundo Bacha, o vírus sincicial respiratório (VSR) é altamente contagioso e pode ser
perigoso para bebês prematuros ou que estejam debilitados.
Segundo nota da Unicamp, as
visitas à UTI estão restritas aos
pais dos recém-nascidos. Atendimento das gestantes nos ambulatórios de pré-natal e internações que não tenham risco
de parto serão realizados sem
restrições, pois não há risco para as mães. Crianças nascidas
no hospital e que tiveram alta
não correm risco, diz a nota.
Em março, o local foi eleito a
melhor maternidade pública de
SP segundo usuários do SUS.
Texto Anterior: Estevam Madarás (1923-2009): Um engenheiro fanático por pontes Próximo Texto: Vírus atinge 73% das crianças com menos de 2 anos Índice
|