São Paulo, domingo, 29 de maio de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

CYRO DE AZEVEDO (1925-2011)

Bancário e ao mesmo tempo dentista

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

O pai de Cyro de Azevedo teve seis filhos, cada um numa cidade diferente. Cyro calhou de nascer no município de Guaxupé, em Minas, porque o pai, na época, estava trabalhando lá, como funcionário do Banco do Brasil.
Mas ele cresceu mesmo em Bauru (SP). Lá, conheceu a mulher, Ietiza, com quem se casou aos 21. Ela tinha 19.
A São Paulo ele veio nessa época, após passar no concurso para o Banco do Brasil. Seguiu os passos do pai, mas sem mudar de cidade toda hora. A única agência em que trabalhou, até se aposentar, foi no centro da capital.
Cyro sempre quis ser médico e chegou a prestar vestibular para medicina. Como não conseguiu passar, decidiu fazer odontologia na USP. Seus estudos começaram tarde, quando o filho já tinha 11 anos. Formou-se em 1963.
Em vez de largar o banco e seguir só como dentista, ele teve dois empregos. Aposentou-se primeiro como bancário e continuou com a clínica até por volta dos 60 anos.
Muito ativo, conta o filho também Cyro, ele não gostava de ficar em casa. Todos os dias, mesmo aposentado, ia almoçar no banco, no espaço dedicado aos antigos funcionários. Lá, lia o jornal e jogava cartas com os ex-colegas.
O filho, hoje engenheiro, bem que tentou ser bancário também, mas o pai se opôs.
Em 2003, Cyro ficou viúvo. Seis anos depois, começou a sofrer de Alzheimer e a se enfraquecer. Recentemente, teve uma infecção pulmonar. Morreu na segunda, aos 86, após uma parada cardíaca. Teve dois filhos e dois netos.
A missa do sétimo dia será realizada hoje, às 18h, na igreja São Dimas, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Trem ligará estação da Luz a Campos do Jordão
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.