São Paulo, domingo, 29 de maio de 2011

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Acusada é dissimulada, afirma promotor

DO ENVIADO A VIRADOURO

Era só a adolescente Kelly Samara se sentar à frente do juiz que já levava as mãos ao rosto e chorava. Encenação para sensibilizar quem estava em volta, segundo o promotor de Infância de Amambaí (MS), Ricardo Rotunno.
"Ela engolia o choro assim que era repreendida. O juiz dizia: "Kelly, já te conheço de outras audiências. Pode parar'", lembrou ele, que acompanhou a jovem após atos infracionais cometidos por ela entre os 13 e os 16 anos.
Envolvente é um termo bastante usado por quem a descreve. "Se deixar, a conversa vai longe. Ela tem uma capacidade de raciocínio muito rápida", disse o delegado Paulo Montelli, diretor da cadeia de Viradouro.
O promotor a classifica como inteligente e dissimulada. "Ela sempre usou isso para cometer delitos", afirma.
Aos 17 anos, Kelly se passava por veterinária e aplicava golpes em criadores de gado, diz o promotor. "Ela foi acusada dos crimes e teve que responder. Se isso é sem-vergonhice ou desvio de personalidade, não sei dizer."
Kelly desfrutou de hotéis cinco estrelas quando esteve no Rio e em São Paulo. Mas, até ser presa, vivia numa república de estudantes perto de uma faculdade particular de Bebedouro -um quarto sobre um bazar. "Levava uma vida simples, sem fazer mal a ninguém", disse. (GBJ)


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