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SAÚDE
Município apresentou focos em 38% das 3.400 casas
Água com amoníaco atrai mosquito transmissor da dengue para Potim
CAROLINA FARIAS
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Análises preliminares feitas pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e pela Sucen (Superintendência de
Controle de Endemias) identificaram que a presença de nitrogênio
amoniacal na composição da
água de Potim (170 km de São
Paulo) atrai a fêmea do Aedes
aegypti, mosquito transmissor da
dengue.
Durante o verão, a cidade foi infestada pelo mosquito, com aparecimento de focos em 38% das
cerca de 3.400 casas.
O município era o único do Vale do Paraíba com infestação de
Aedes aegypti, o que levou a Sucen a investigar as causas. Com isso, a água de Potim começou a ser
analisada em dezembro passado.
O estudo identificou que a água,
que fica armazenada em quatro
poços artesianos antes de ser distribuída, contém alto teor de nitrogênio amoniacal.
Segundo o engenheiro do subgrupo da Vigilância Sanitária Estadual Célio Melilo, para ter certeza do resultado da primeira constatação, os testes estão sendo refeitos pela Cetesb.
"No primeiro momento, foi observado que mosquito era atraído
pela amostra de água em que foi
acrescentado o amoníaco", disse
o engenheiro.
De acordo com Melilo, a Prefeitura de Potim está fazendo um estudo nos poços para detectar o
motivo do alto teor do componente químico. Ele acredita que
uma das hipóteses para a geração
do alto nível de nitrogênio amoniacal é a presença de bactérias.
Até abril deste ano, Potim registrou oito casos de dengue -um
importado e sete autóctones.
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