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Mortes eram esperadas, dizem especialistas
DA REPORTAGEM LOCAL
Mortes por gripe suína no
Brasil eram esperadas. E morrer uma pessoa fora dos grupos
de risco também é normal. É o
que dizem especialistas consultados pela Folha.
"Não é motivo para alarde,
para susto. Está correndo tudo
como o esperado", afirmou
Caio Rosenthal, infectologista
do hospital Emilio Ribas.
A letalidade da gripe suína é
semelhante ao da gripe comum, variando de 0,3% a 0,4%.
Com a primeira morte em 627
casos confirmados, o percentual no Brasil está em 0,16%.
Mesmo que seja confirmado o
segundo caso -há uma suspeita no RS-, o índice irá a 0,32%.
E o fato de ser um homem de
29 anos e saudável, fora, portanto, dos grupos de risco para
qualquer tipo de gripe -bebês,
idosos e pessoas imunodeprimidas, como as que fazem tratamento contra câncer e Aids-
, também não assusta.
"Existem casos de morte por
gripe comum pura e simples. É
um capricho da biologia. Os fatores de risco aumentam a probabilidade", disse a infectologista Maria Cláudia Stockler de
Almeida, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Ela afirmou, no entanto, que
as mortes por gripe, comum ou
suína, geralmente têm agravantes, como problemas respiratórios, pulmonares ou imunológicos. "Se a pessoa fica sem
dormir, fuma, tem asma, isso
pode agravar a situação e levar
para um quadro semelhante ao
da febre hemorrágica."
Caio Rosenthal lembrou,
ainda, que o tratamento de
uma pneumonia causada por
vírus -no caso, o vírus Influenza, da gripe- é mais difícil que
o da pneumonia por bactéria.
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