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IZABEL MAGALHÃES DE ALMEIDA PRADO COSTA (1933-2009)
Iza, decidida a ser freira até conhecer Alceu
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Iza estava decidida a ser
freira. Tinha o enxoval pronto e uma convicção tão fervorosa de que a vida religiosa
era a melhor escolha a fazer
que tentava convencer as
amigas a se unirem a ela.
O pai de Izabel Magalhães
de Almeida Prado Costa, dono de fazendas de café em
Itapuí e Bocaina (SP), sentiria orgulho de vê-la freira. Já
o pai da amiga, nem tanto.
No fim das contas, só a
amiga acabou freira -Iza conheceu Alceu num batizado
e com ele se casou, em 1955.
Tiveram sete filhos e 14
netos. O marido, advogado,
exerceu o cargo de promotor
-e depois delegado- em algumas cidades. Ela foi junto.
João Batista, o filho que se
tornou padre e professor,
lembra que a mãe foi muito
corajosa por ter aceitado, naquela época, fazer as mudanças que fez: muitas das cidades em que morou, na maioria das vezes, não tinham estrutura adequada.
Com cerca de 34 anos, foi
surpreendida por uma hemorragia estomacal. Os médicos acharam que ela não
resistiria. Mesmo assim, pedia confiança à família. "Foi
um milagre ela ter sobrevivido a essa provação."
Em Jaú (SP), onde nasceu
e viveu por quase toda a vida,
dedicava-se ao jardim e à casa, que gostava de decorar.
"Por muito tempo, ela também foi vicentina, ajudava os
pobres", diz o filho.
Sofria de artrite. Morreu
no domingo, aos 75, de problemas pulmonares. Uma
missa de sétimo dia foi realizada anteontem, em Jaú.
obituario@grupofolha.com.br
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