São Paulo, segunda-feira, 29 de junho de 2009

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IZABEL MAGALHÃES DE ALMEIDA PRADO COSTA (1933-2009)

Iza, decidida a ser freira até conhecer Alceu

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Iza estava decidida a ser freira. Tinha o enxoval pronto e uma convicção tão fervorosa de que a vida religiosa era a melhor escolha a fazer que tentava convencer as amigas a se unirem a ela.
O pai de Izabel Magalhães de Almeida Prado Costa, dono de fazendas de café em Itapuí e Bocaina (SP), sentiria orgulho de vê-la freira. Já o pai da amiga, nem tanto.
No fim das contas, só a amiga acabou freira -Iza conheceu Alceu num batizado e com ele se casou, em 1955.
Tiveram sete filhos e 14 netos. O marido, advogado, exerceu o cargo de promotor -e depois delegado- em algumas cidades. Ela foi junto.
João Batista, o filho que se tornou padre e professor, lembra que a mãe foi muito corajosa por ter aceitado, naquela época, fazer as mudanças que fez: muitas das cidades em que morou, na maioria das vezes, não tinham estrutura adequada.
Com cerca de 34 anos, foi surpreendida por uma hemorragia estomacal. Os médicos acharam que ela não resistiria. Mesmo assim, pedia confiança à família. "Foi um milagre ela ter sobrevivido a essa provação."
Em Jaú (SP), onde nasceu e viveu por quase toda a vida, dedicava-se ao jardim e à casa, que gostava de decorar. "Por muito tempo, ela também foi vicentina, ajudava os pobres", diz o filho.
Sofria de artrite. Morreu no domingo, aos 75, de problemas pulmonares. Uma missa de sétimo dia foi realizada anteontem, em Jaú.

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