São Paulo, terça-feira, 29 de junho de 2010

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SC foi o maior produtor da base do ecstasy

DE SÃO PAULO

A Polícia Federal fechou nos últimos dois anos dois laboratórios de ecstasy na região Sul do país -em Pinhais, ao lado de Curitiba, e em Imaruí (SC).
A localização desses centros não é ocasional, segundo Marcos de Almeida Camargo, perito da PF. Santa Catarina foi o principal centro produtor da principal matéria prima do ecstasy, o safrol, componente químico usado pela indústria de cosméticos, inseticidas e produtos de limpeza. O Brasil era o maior produtor mundial até os anos 80.
Em 1991, o Ibama proibiu o corte da canela da sassafrás, árvore da qual era extraída o safrol, porque a espécie corria risco de extinção. O vale do rio Itajaí concentrava os principais extratores de safrol.
"É praticamente certo que os dois laboratórios compravam safrol dos antigos produtores de Santa Catarina", diz o perito da PF.
O país tem ainda outra fonte da matéria prima do ecstasy. Depois que foi proibida o corte da canela de sassafrás no sul, pesquisadores da Embrapa conseguiram extrair safrol da pimenta longa, árvore de pequeno porte nativa do Acre.
Cooperativas comercializam safrol, substância que é controlada, mas a própria PF reconhece que a fiscalização é ineficaz.
Não dá para sintetizar ecstasy no fundo do quintal, como ocorre com a cocaína e com o crack, segundo Elisaldo Carlini, professor de pós-graduação da Unifesp. "Tem de ter um profissional com formação universitária de químico ou algo semelhante." (MCC)


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