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SC foi o maior produtor da base do ecstasy
DE SÃO PAULO
A Polícia Federal fechou
nos últimos dois anos dois
laboratórios de ecstasy na
região Sul do país -em Pinhais, ao lado de Curitiba, e
em Imaruí (SC).
A localização desses centros não é ocasional, segundo Marcos de Almeida Camargo, perito da PF. Santa
Catarina foi o principal centro produtor da principal
matéria prima do ecstasy, o
safrol, componente químico usado pela indústria de
cosméticos, inseticidas e
produtos de limpeza. O Brasil era o maior produtor
mundial até os anos 80.
Em 1991, o Ibama proibiu
o corte da canela da sassafrás, árvore da qual era extraída o safrol, porque a espécie corria risco de extinção. O vale do rio Itajaí concentrava os principais extratores de safrol.
"É praticamente certo
que os dois laboratórios
compravam safrol dos antigos produtores de Santa Catarina", diz o perito da PF.
O país tem ainda outra
fonte da matéria prima do
ecstasy. Depois que foi proibida o corte da canela de
sassafrás no sul, pesquisadores da Embrapa conseguiram extrair safrol da pimenta longa, árvore de pequeno porte nativa do Acre.
Cooperativas comercializam safrol, substância que
é controlada, mas a própria
PF reconhece que a fiscalização é ineficaz.
Não dá para sintetizar
ecstasy no fundo do quintal, como ocorre com a cocaína e com o crack, segundo Elisaldo Carlini, professor de pós-graduação da
Unifesp. "Tem de ter um
profissional com formação
universitária de químico ou
algo semelhante."
(MCC)
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