São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 2011 |
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ANÁLISE A questão principal é fazer bem o trabalho e fiscalizá-lo JOSÉ BERNARDES FELEX ESPECIAL PARA A FOLHA O transporte define as relações do homem com o espaço e permite organizar atividades que geraram a economia. O Consema fornecer licença prévia para o trecho norte do Rodoanel só significa que o órgão fiscalizador diz que planos e propostas para as obras previstas podem atender ao que a legislação de proteção ao ambiente exige. O ambiente é o patrimônio mais importante, e o transporte pode deixar maus rastros para produzir as viagens. A poluição, o dano à natureza, os acidentes e as desorganizações urbanas acompanham o movimento de bens e pessoas. Ambiente, energia, vias, veículos e tempo são desperdiçados para produzir uma mercadoria: a viagem. São Paulo cresce e necessidades por transporte aparecem. A relação entre a capital e o ambiente nem sempre é boa. Construir um trecho de Rodoanel pode interferir na serra da Cantareira, mover famílias e bloquear acessos de vizinhança -mas muitos serão beneficiados, com oportunidade de desenvolvimento. Técnicos medem as obras de transporte em quilômetros construídos. Quem usa o transporte, pelo conforto ou a capacidade de acesso aos bens e serviços. O político, pela propaganda que a obra lhe dá. Mas o ambiente não comemora nem reclama. Fazer ou não fazer não pode ser uma questão. Fazer correto e proteger o ambiente exige a fiscalização de todos. JOSÉ BERNARDES FELEX é professor-titular da USP/São Carlos e consultor especialista em transportes Texto Anterior: Desapropriações vão começar em julho Próximo Texto: Antonio Prata: Jogando pela janela Índice | Comunicar Erros |
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