São Paulo, sábado, 29 de julho de 2006

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Debilitadas após viagem, aves devem ser mantidas aquecidas para a recuperação

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Ao contrário do que muita gente pensa, os pingüins de Magalhães que são resgatados já com a condição física bastante prejudicada na costa brasileira não devem ser colocados em ambientes gelados, mas sim aquecidos.
Segundo o veterinário Thiago Muniz, do zoológico de Niterói (RJ), as aves que costumam aparecer nas praias brasileiras já chegam extremamente debilitadas, com aproximadamente um terço de seu peso normal e com uma camada muito fina de gordura.
"Se elas forem colocadas num ambiente frio, gastarão ainda mais energia para se manterem vivas, o que pode ser prejudicial", afirmou o veterinário.
Dos cerca de 50 pingüins que estão se recuperando da maratona marítima que fizeram entre o estreito de Magalhães e o Rio de Janeiro, 30 estão bastante frágeis e vêm sendo mantidos debaixo de luzes que os aquecem.
"A alimentação deles também deve ser observada de perto. No começo, só soro. Depois, passamos para uma sopa de peixe e, só após um tempo, podemos dar peixes inteiros, porque o animal gasta muita energia para digerir", explicou Thiago Muniz.
O veterinário do Centro de Recuperação de Animais Marítimos (Cram) Rodolfo Silva concorda com Muniz e lembra que, das 17 espécies de pingüins existentes, apenas duas são antárticas.
"O ideal é mesmo manter os animais que se desgarram do grupo e vêm parar no Brasil em locais ventilados e aquecidos, que tenham água" afirmou Silva. (CRISTINA TARDÁGUILA)


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