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Debilitadas após viagem, aves devem ser mantidas aquecidas para a recuperação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Ao contrário do que muita
gente pensa, os pingüins de
Magalhães que são resgatados
já com a condição física bastante prejudicada na costa brasileira não devem ser colocados
em ambientes gelados, mas sim
aquecidos.
Segundo o veterinário Thiago Muniz, do zoológico de Niterói (RJ), as aves que costumam
aparecer nas praias brasileiras
já chegam extremamente debilitadas, com aproximadamente
um terço de seu peso normal e
com uma camada muito fina de
gordura.
"Se elas forem colocadas
num ambiente frio, gastarão
ainda mais energia para se
manterem vivas, o que pode ser
prejudicial", afirmou o veterinário.
Dos cerca de 50 pingüins que
estão se recuperando da maratona marítima que fizeram entre o estreito de Magalhães e o
Rio de Janeiro, 30 estão bastante frágeis e vêm sendo mantidos debaixo de luzes que os
aquecem.
"A alimentação deles também deve ser observada de perto. No começo, só soro. Depois,
passamos para uma sopa de
peixe e, só após um tempo, podemos dar peixes inteiros, porque o animal gasta muita energia para digerir", explicou Thiago Muniz.
O veterinário do Centro de
Recuperação de Animais Marítimos (Cram) Rodolfo Silva
concorda com Muniz e lembra
que, das 17 espécies de pingüins
existentes, apenas duas são antárticas.
"O ideal é mesmo manter os
animais que se desgarram do
grupo e vêm parar no Brasil em
locais ventilados e aquecidos,
que tenham água" afirmou Silva.
(CRISTINA TARDÁGUILA)
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