São Paulo, sábado, 29 de agosto de 2009

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Cariocas festejam demolição de passarela em Ipanema

DA SUCURSAL DO RIO

"A que horas será a festa?", pergunta o advogado carioca Carlos Magno, 64. A festa a que ele se refere é o que a prefeitura chama de demolição: vai abaixo, amanhã, a passarela da esquina da rua Visconde de Pirajá com a av. Henrique Dumont, em Ipanema, zona sul do Rio.
Passarela, no entanto, não é o nome mais adequado à obra, que não pode ser usada para que os pedestres cruzem a pista. Embora haja degraus na pequena ponte de ferro sustentada por largos pilares de concreto pintados de amarelo ovo, não há nada que ligue a obra ao chão.
O elefante branco foi construído em 1996, na gestão Cesar Maia. E sua (falta de) utilidade é motivo de piada para os moradores do bairro. O prédio em frente à passarela, por exemplo, enviou dois abaixo-assinados à prefeitura pela demolição.
"Pedi até para falar com o arquiteto [Paulo Casé, autor do projeto], para saber se ia virar uma passarela mesmo em algum momento ou se iam demolir", diz o síndico, Almir Matos Barbosa, 69.
Casé não atendeu à reportagem da Folha. Além da passarela, o projeto criou um obelisco no meio do cruzamento das ruas -ele não será demolido. Juntas, as duas obras serviriam para demarcar o ponto em que os antigos bondes da zona sul faziam o retorno.
"O bonde dava a volta aqui, e a gente ficava no bar Vinte [vizinho ao obelisco]", lembra Carlos Magno, que estudou na região nos anos 50. "Se a ideia era fazer um monumento, não deu certo", avalia. (AUDREY FURLANETO)

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