São Paulo, domingo, 29 de setembro de 2002

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VIDA DE CACHORRO

Academia para desestressar animal vira mania; Grande SP ganhou um pet shop por dia no 1º semestre do ano

Cão atleta faz exercício no lugar de dono

Tuca Vieira/ Folha Imagem
Cadela da raça collie salta obstáculo durante treinamento de agility na zona norte de São Paulo


SÉRGIO DURAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Em 1997, o boxer Mike Tyson Jr., 5, pulou do segundo andar do apartamento onde morava com o dono, na zona leste de São Paulo, e mudou a vida do empresário Mauro Zimenez, 42.
O animal, que sobreviveu à queda, alertou seu dono de que havia alguma coisa errada em seu comportamento.
A solução para o cão problema foi um adestrador. Com o tempo, o próprio Zimenez passou a se interessar pelo assunto. Há dois anos, decidiu mudar de profissão. O empresário vendeu a fábrica de fios elétricos que possuia para abrir uma escola para cães. "Foi a melhor coisa que eu poderia ter feito", diz Mauro Zimenez.
Histórias como a do empresário paulista ilustram bem um dos problemas que movimentam cada vez mais pessoas e dinheiro em São Paulo: a vida sedentária. Não a dos donos, claro, mas a dos cães.
O agility -misto de esporte e hobby no qual os cães têm de enfrentar obstáculos, rampas e túneis- aproveita a onda, se espalha pela cidade e começa a ganhar adeptos em várias outras capitais do país, como Brasília e Florianópolis, e em municípios do interior do Estado de São Paulo.
Por trás dos cães atletas, há um setor de proporções gigantescas. Segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária, existem 4,7 mil pet shops na região metropolitana de São Paulo.
Nos primeiros seis meses deste ano, uma loja de artigos para animais domésticos foi aberta por dia na região.


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