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INSEGURANÇA
Operário do metrô é alvo de tiros de chumbinho
RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL
Eram 14h quando os homens
que trabalham na construção da
estação Higienópolis de metrô foram surpreendidos por tiros de
chumbinho vindos do alto.
Assustados, eles correram atrás
de óculos de proteção para poder
continuar o trabalho. Tiros de
uma espingarda de ar comprimido, dependendo da distância, deixam apenas ferimentos leves na
pele. Mas, se o alvo forem os
olhos, podem cegar.
Dentro do canteiro de obras, na
quinta-feira passada, 40 funcionários escavavam o poço da futura estação. Do lado de fora, a agitada rua da Consolação (região
central). Mesmo com o movimento, o atirador não acertou
ninguém, só o portão do canteiro.
As suspeitas recaíram sobre
moradores de dois prédios vizinhos. Funcionários desses edifícios contam que o engenheiro da
obra procurou os síndicos levando um pote com 20 chumbinhos.
Para um dos responsáveis pela
construção, porém, não passaram
de cinco os tiros contra o portão.
De qualquer forma, depois que
os síndicos foram procurados,
"notificações urgentes" apareceram nos elevadores dos prédios.
"No caso de acontecer novamente
esse ato de vandalismo, a polícia
efetuará uma busca dentro dos
apartamentos", ameaça um dos
avisos. Pelo menos até ontem, o
atirador não havia voltado a disparar contra a futura estação.
Os moradores só souberam do
caso pelos bilhetes nos elevadores. "Deve ser alguém irritado
com a barulheira da construção",
arriscou um vizinho, que não quis
se identificar. Para o engenheiro
do metrô, foi "coisa de moleque".
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