São Paulo, quarta-feira, 29 de setembro de 2004

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INSEGURANÇA

Operário do metrô é alvo de tiros de chumbinho

RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL

Eram 14h quando os homens que trabalham na construção da estação Higienópolis de metrô foram surpreendidos por tiros de chumbinho vindos do alto.
Assustados, eles correram atrás de óculos de proteção para poder continuar o trabalho. Tiros de uma espingarda de ar comprimido, dependendo da distância, deixam apenas ferimentos leves na pele. Mas, se o alvo forem os olhos, podem cegar.
Dentro do canteiro de obras, na quinta-feira passada, 40 funcionários escavavam o poço da futura estação. Do lado de fora, a agitada rua da Consolação (região central). Mesmo com o movimento, o atirador não acertou ninguém, só o portão do canteiro.
As suspeitas recaíram sobre moradores de dois prédios vizinhos. Funcionários desses edifícios contam que o engenheiro da obra procurou os síndicos levando um pote com 20 chumbinhos. Para um dos responsáveis pela construção, porém, não passaram de cinco os tiros contra o portão.
De qualquer forma, depois que os síndicos foram procurados, "notificações urgentes" apareceram nos elevadores dos prédios. "No caso de acontecer novamente esse ato de vandalismo, a polícia efetuará uma busca dentro dos apartamentos", ameaça um dos avisos. Pelo menos até ontem, o atirador não havia voltado a disparar contra a futura estação.
Os moradores só souberam do caso pelos bilhetes nos elevadores. "Deve ser alguém irritado com a barulheira da construção", arriscou um vizinho, que não quis se identificar. Para o engenheiro do metrô, foi "coisa de moleque".


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