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CORTINA DE FUMAÇA
ONGs antitabagistas divulgaram, em Brasília, o nome dos parlamentares favoráveis à convenção da ONU
No Senado, minoria apóia tratado antifumo
FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Apenas 24 dos 81 senadores
brasileiros já se manifestaram a
favor da ratificação da convenção
de controle do tabaco da Organização das Nações Unidas.
O país deve oficializar o apoio à
proposta até o dia 7 de novembro
para poder participar da partilha
de recursos para o combate ao fumo que será discutida pelos países-membros. Primeiro tratado
de saúde pública do mundo, a
convenção prevê proibição de toda a propaganda de cigarro e aumento de preços dos produtos.
A proposta não passou ainda
por nenhuma das comissões temáticas do Senado. Depois de votada na Casa, ainda terá de ser ratificada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Atualmente, está parada na Comissão de Agricultura, na qual foram realizadas cinco audiências
públicas, todas na principal região produtora de fumo, o Sul, o
que desagradou os antitabagistas.
A organização Tabaco Zero e a
Sociedade Paulista de Oncologia
Clínica, que lideram o "lobby" antifumo, divulgaram ontem em
Brasília os nomes de 24 senadores
favoráveis: Aloizio Mercadante
(PT-SP), Aelton Freitas (PL-MG),
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Augusto Botelho (PDT-RR),
Cristovam Buarque (sem partido-DF), Eduardo Suplicy (PT-SP),
Fátima Cleide (PT-RO), Flávio
Arns (PT-PR), Gerson Camata
(PMDB-ES), Gilberto Mestrinho
(PMDB-AM), Heloísa Helena
(PSOL-AL), Ideli Salvatti (PT-SC), João Batista Motta (PSDB-ES), José Agripino (PFL-RN),
João Capiberibe (PSB-AP), Marcelo Crivella (PL-RJ), Ney Suassuna (PMDB-PB), Patrícia Saboya
Gomes (sem partido-CE), Paulo
Octávio (PFL-DF), Romero Jucá
(PMDB-RR), Romeu Tuma (PFL-SP), Serys Slhessarenko (PT-MT),
Tião Viana (PT-AC) e Valmir
Amaral (PP-DF).
"A maioria do Senado vira as
costas para a saúde pública", divulgaram as entidades em um
texto distribuído em razão do
evento. De acordo com as organizações, desde maio, quando a
convenção chegou ao Senado, 270
mil brasileiros já morreram por
causa do fumo.
Nise Yamaguchi, que preside a
Sociedade Paulista de Oncologia
Clínica, diz que informações inverídicas têm sido divulgadas entre
os fumicultores, como a de que o
tratado irá extinguir as plantações
do produto. A convenção determina uma política de auxílio para
inserir esses trabalhadores em outras atividades agrícolas. "O Ministério da Agricultura já disse
que isso não vai ocorrer."
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