DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

A Justiça baiana autorizou ontem a quebra dos sigilos bancário, telefônico, fiscal e telemático (transações realizadas por computador) da juíza Olga Regina Santiago Guimarães, suspeita de envolvimento com o colombiano Gustavo Durán Bautista.
Mesmo sob suspeita, ela foi promovida neste mês, por antigüidade, de Cruz das Almas (BA) para Salvador.
A Polícia Federal gravou telefonemas da juíza com o colombiano, preso no Uruguai no mês passado com 500 quilos de cocaína.
Em uma das gravações, Guimarães diz que fora à PF e estava tudo certo com as fichas de antecedentes do colombiano. Bautista responde: "Tá bom, doutora. Amanhã vou colocar aquele negócio que o senhor Balduíno [Balduíno Santana, marido da juíza] me falou".
Em outra ligação, Santana reclama que não caíra dinheiro em sua conta. Depois, Durán informa que depositou R$ 14,8 mil.
A Folha tentou falar ontem nove vezes com a juíza. O seu advogado também foi procurado, mas não foi encontrado. (LUIZ FRANCISCO)


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