São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2004

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ACIDENTE

Análise foi iniciada a pedido da Prefeitura de São Paulo; ainda não há estimativas sobre o risco de novas quedas

Árvores da Sumaré têm vistoria após morte de motoboy

DA REPORTAGEM LOCAL

O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) deu início ontem à análise das árvores do canteiro central da avenida Sumaré (zona oeste de São Paulo). O trabalho foi encomendado pela prefeitura após a morte do motoboy Marcos Vinicius Cruz da Silva, 39, anteontem, devido à queda de uma seringueira de aproximadamente 10 metros de altura no local.
Ontem, a equipe do IPT fez uma avaliação externa de cerca de cem árvores, mas ainda não há estimativas sobre o risco de novas quedas na avenida.
Segundo a engenheira agrônoma Raquel Amaral, 33, do IPT, para calcular o risco de queda das árvores ainda são necessárias uma prospecção interna, para avaliar se o tronco está oco, e a análise, por meio de programa criado pelo próprio instituto, de várias características da árvore, como diâmetro da copa e altura.
Uma das metas para ontem -a avaliação das raízes da seringueira que caiu- não pôde ser cumprida devido à grande quantidade de entulho que permanece no local. Parte do material, porém, já foi enviado ao IPT. A árvore estava infestada por cupins e brocas.
O subprefeito da Lapa, Adaucto José Durigan, disse anteontem que o risco de queda não havia sido detectado, pois não podia ser visto sem análise interna.
Segundo ele, caso seja constatado que alguma das árvores está em situação emergencial, a prefeitura será avisada imediatamente. Caso contrário, a análise só será divulgada em dezembro, integrada ao resultado da Operação Árvore Saudável, que o IPT está fazendo, desde o ano passado, sob encomenda da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.
O trabalho avalia o risco de queda de 6.748 árvores de sete regiões da cidade. Embora uma das áreas estudadas seja a região do Sumaré, a avenida homônima não estava incluída no estudo.
Dados preliminares da operação alertam para a possibilidade de novos acidentes: das 400 árvores da região dos Jardins, 16% correm risco de cair em dois anos. O principal problema encontrado foi a infestação por cupins subterrâneos. (AMARÍLIS LAGE)


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