São Paulo, domingo, 29 de outubro de 2006

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Plantão médico

Para AMB, há escolas médicas demais

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Quando o relatório Flexner ficou pronto, há quase cem anos, nos EUA, mais da metade das escolas médicas tiveram de fechar as portas.
Não foram as autoridades que lacraram as suas portas, mas a ausência de alunos. O relatório elaborado pelo professor Abraham Flexner em 1910 analisava a qualidade do ensino das 155 faculdades de medicina então existentes nos EUA e Canadá.
No Brasil, a Associação Médica Brasileira e a Associação Paulista de Medicina, junto com outras entidades médicas, se manifestam contra criação de novas escolas.
Observam que, a cada ano, parcela expressiva dos 15 mil novos profissionais apresenta formação insuficiente, e que as denúncias de erros médicos subiram mais de 130%.
Esta preocupação, destacam entidades, deve-se à falta de qualidade no ensino e ao crescimento "absurdo" do número de escolas.
De 1960 a 1969, surgiram 35 cursos; de 1970 a 1989, mais 17; e a partir de 2002 foram criadas mais 50 escolas de medicina. No Brasil dos últimos cem anos, foram criados 156 cursos de medicina.

julio@uol.com.br


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