DE SÃO PAULO

O juiz Danilo Campos, da 5ª Vara Cível de Montes Claros (MG), examinou o processo administrativo que puniu o juiz Levingsthon Machado e diz que encontrou "aberrações".
"Acabou prevalecendo o esdrúxulo fundamento de que o colega teria faltado ao dever de reverência aos desembargadores", diz o magistrado.
Segundo ele, "os presos estão sendo soltos por intervenção do CNJ e o juiz que os queria soltar continua punido".
Campos está há 20 anos no Judiciário e diz que ainda não se acostumou com o paradoxo de "fazer justiça convivendo ao mesmo tempo com tantas injustiças internas que o próprio Judiciário não se esforça em combater".
O magistrado diz que o CNJ "chegou para desmontar esse entulho autoritário, em vez de garantir a independência dos juízes como lhe competia, para que os juízes pudessem cumprir o seu papel, e passou ele mesmo a desempenhar o papel que é dos juízes".
Procurado, o conselho informou que não vai se manifestar sobre o caso, que ainda depende de recurso no Supremo.
O Tribunal de Justiça de Minas confirmou que há um processo administrativo contra o juiz Machado, pendente de julgamento, e que não pode se manifestar a respeito. (FV)


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