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Amazonas teve
167 mil casos
no ano passado
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A Fundação de Medicina
Tropical do Amazonas faz
mensalmente 6.000 exames
para diagnosticar casos de
malária, em Manaus (AM).
Desses, 1.200, em média, têm
resultado positivo.
A população contrai a
doença em áreas rurais e urbanas. Ontem deu positivo
pela segunda vez, em cinco
meses, o exame de Jeanderson Henrique Silva de Lima,
7. Com dores no corpo e na
cabeça, ele conhece os sintomas da malária. "Sinto muitas dores e tenho vontade de
vomitar. A dor nunca pára."
O minerador Emenezildo
Batista, 23, não sabe como
tratar a doença, transmitida
pelo mosquito anofelino, conhecido como "prego".
Batista, que ontem também tentava o tratamento
para curar sua terceira malária (a primeira foi em 1993)
na fundação, não sabia qual
remédio tomar.
Segundo a Fundação de
Medicina Tropical, no ano
passado foi registrado o
maior número de casos de
malária no Amazonas: 167
mil (com seis mortes) contra
114 mil, em 1998.
"Os desmatamentos, os assentamentos desordenados
e as invasões de terra estão
provocando o aumento dos
casos. O pessoal está morando dentro dos criadores dos
mosquitos", disse o entomologista, Nelson Ferreira Fé.
Para estudar o mosquito
anofelino, Ferreira contraiu
malária 68 vezes, desde 1964.
"Eu fico exposto dentro da
mata e deixo o mosquito picar para poder capturá-lo."
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