São Paulo, quarta-feira, 29 de novembro de 2000

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Ciência tenta criar uma vacina

DA SUCURSAL DO RIO

A busca de uma vacina contra a malária, de novas formas de diagnóstico e até de um "mosquito transgênico" são alguns dos desafios dos cientistas para tentar avançar no controle da malária.
A pesquisa sobre o mosquito está sendo desenvolvida por vários laboratórios no mundo, e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) integra o grupo no Brasil.
A idéia geral do projeto é provocar modificações genéticas no mosquito anófele (trasmissor da malária), fazendo com que ele se transforme, de transmissor ideal, em mau transmissor da malária ou até deixe de transmiti-la.
A pesquisa ainda está em fase inicial, com o estudo, por exemplo, do sistema digestivo do mosquito. "É provavelmente do estudo do tubo digestivo do mosquito, o primeiro lugar onde ele e o protozoário entram em contato, que virá alguma nova informação", afirma Denise Vale, que integra o grupo de pesquisadores da Fiocruz.
Os pesquisadores também já conseguiram criar em laboratórios colônias do mosquito brasileiro, o que permite o estudo da reprodução do inseto.
A Funasa também está testando formas mais rápidas de diagnóstico, como um kit portátil capaz de ser utilizado por agentes de saúde em regiões de difícil acesso.
O professor Cor Jésus Fernandes Fontes, da Universidade Federal de Mato Grosso, diz que um dos problemas do kit é o preço: cada paciente "testado" custaria de R$ 10 a R$ 15, muito mais caro que os R$ 0,50 de custo de um teste em microscópio comum.
(FE)


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