São Paulo, sexta-feira, 29 de novembro de 2002

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Advogado quer tirar cliente do caso Toninho

FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

Sílvio Artur Dias da Silva, defensor do sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, irá pedir à Justiça um depoimento separado para a testemunha que diz ter ouvido pessoas tramarem a morte do prefeito Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT.
Segundo o advogado, ela estaria com medo de depor diante das outras testemunhas e de pessoas que deve acusar, na audiência pública do dia 12, em Campinas (95 km de SP).
A audiência é a segunda com testemunhas de acusação no processo que julga o crime contra Toninho e deve reunir 23 depoentes. "Vou conversar primeiro com o juiz para ver se o depoimento pode ser transferido para outro dia, pois a pessoa não pertence ao programa de proteção à testemunha. Se não puder, vou requerer isso oficialmente", disse Silva.
Ainda segundo o defensor de Andinho, a testemunha que pediu para falar reservadamente é um garçom que trabalhava em um bingo de Campinas.
O depoimento dele é uma das armas da defesa do sequestrador para tentar assegurar que ele não seja condenado pelo envolvimento com a morte do prefeito. Andinho nega ter participado do assassinato.
O defensor de Andinho disse também que fará petição requerendo o registro de imóveis de todos os bingos de Campinas e de áreas compradas na região do aeroporto de Viracopos, para tentar chegar a indícios que levem a uma motivação para a morte de Toninho.
Ele acredita que interesses nesses setores estariam sendo combatidos pelo prefeito.
A polícia e o Ministério Público defendem que Toninho foi assassinado por motivo banal. Ele teria sido morto por estar dirigindo devagar e ter atrapalhado a fuga de sequestradores do bando de Andinho.


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