LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O ex-presidiário Luís Brendler Cervi, 30, é acusado de matar os pais e o irmão a tiros e machadadas no município gaúcho de Ijuí (a 398 km de Porto Alegre), ontem de madrugada. Depois, teria tentado o suicídio com um tiro na cabeça. Ele foi internado em estado grave no início da tarde de ontem e submetido a uma craniectomia -cirurgia no crânio.
Por volta das 13h, vizinhos do suspeito notaram um movimento estranho na casa da família, perto do centro, e avisaram a polícia.
No local, policiais encontraram os corpos dos pais de Cervi, o motorista aposentado Adil Cervi e a professora aposentada Luci Brendler Cervi, e o do irmão do ex-presidiário, Mário Brendler Cervi, no chão, com um machado ao lado. O instrumento teria sido usado para matar Adil, que também tinha a marca de tiro. Luci e Mário foram mortos apenas a tiros.
Conhecido como "Gordo", Cervi tinha antecedentes por tráfico, uso de drogas e estupro. Anteontem, segundo a polícia tinha comprado R$ 50 em maconha.
Junto aos corpos, havia uma carta dizendo por que cometeu os crimes: seu pai era frustrado, sua mãe havia enlouquecido e seu irmão era deficiente físico.
Também ontem no Rio Grande do Sul, em Candelária (182 km de Porto Alegre), o caminhoneiro Laureno Simon, 29, atirou três vezes na ex-companheira Ana Lúcia da Silva, 21, e se refugiou em uma sala da escola onde ela trabalha, ameaçando se suicidar, caso alguém se aproximasse.
Ana Lúcia foi atingida pelos tiros no rosto e, ontem à tarde, estava em estado gravíssimo. O casal viveu junto por seis anos e estava se separado havia seis meses.
O episódio foi no início da tarde. Às 15h30, Simon se entregou à polícia, sendo autuado em flagrante por tentativa de homicídio.


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