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PASSATEMPO
Motoristas não previam lentidão ontem
Turistas aproveitam trânsito para passear
da Reportagem Local
Quem ficou preso no congestionamento de ontem na descida
para o litoral aproveitou para
ouvir música, andar e passear
com o cachorro. Eram poucos os
que previam lentidão no sistema
Anchieta-Imigrantes três dias
antes do réveillon.
Os motoristas levaram mais de
três horas, no período da manhã,
para percorrer um trecho de dez
quilômetros, entre a fila do pedágio da Imigrantes e a interligação
com a Anchieta.
"Saí hoje (ontem) para evitar o
trânsito da véspera do réveillon.
Jamais poderia esperar congestionamento", disse a pedagoga
Valéria de Oliveira Viveiros, 31,
que saiu de sua casa no Butantã
(zona oeste de São Paulo) às
8h30 e, às 12h30, ainda não tinha
começado a descer a serra.
A aposentada Elisabeth Zarzur
completava ontem 55 anos. "Estou comemorando meu aniversário parada na estrada. Nunca
foi tão bom", ironizava.
Ela aproveitou o congestionamento para passear com a sua
neta Fabiane, 6, e com a cadela
Tífane, da raça yorkshire. "A cadela está cansada. Saí do carro
para que ela tomasse um ar."
Elisabeth também não esperava a lentidão. "A gente vê na TV,
mas acha que é um exagero, que
sempre há uma saída."
Após três horas de viagem, a
estudante Magda Cortez, 18, estava despreocupada. Ela aproveitou a lentidão para descer do
carro e ouvir música. "Melhor
estar aqui do que estar trabalhando", disse. Seu pai, que passou o último réveillon na estrada,
vai para o litoral amanhã.
Os estudantes Leonardo Goline, 15, e Cleiton Luiz, 18, que
iriam a Mongaguá, desceram da
Kombi que os levava, tiraram a
camiseta, calçaram chinelo e foram a pé pela rodovia, cantando
e tocando bandolim. Após meia
hora de caminhada, o veículo
ainda não os havia alcançado.
"No ano passado ficamos sete
horas no trânsito", disse Goline.
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