da Agência Folha, em Recife

Um dos donos da Conipa Construções e Incorporações Ltda, empresa responsável pela construção do conjunto habitacional Enseada de Serrambi, do qual fazia parte o bloco que desabou anteontem em Olinda, tinha parentes morando no prédio.
Em um dos apartamentos morava a sobrinha dele, Eleonora Godói Sabóia, o marido dela, Sérgio Sabóia, e dois filhos do casal, Elizabeth, 17, e Roberto, 16. O rapaz morreu no acidente. A garota ficou ferida.
O sócio da construtora é o engenheiro civil Francisco Godói. Ele disse que desconhecia as causas do desmoronamento e que, "graças a Deus, tinha a consciência tranquila".
O engenheiro, que trabalha no ramo da construção há 27 anos, chorou durante a entrevista. Disse que faria "o possível" para apurar as causas do acidente e pediu que o Ministério Público nomeasse uma comissão para também investigar o caso.
De acordo com Godói, o prédio do Enseada de Serrambi que desmoronou teve seu projeto aprovado em 89. A licença de construção foi obtida em 90 e, no ano seguinte, a obra estava concluída, com o Habite-se, disse.
"Peço agora a Deus para consolar as famílias, inclusive a minha", afirmou o construtor.
Sobre o eventual pagamento de indenização às vítimas, o engenheiro disse que ainda é "prematuro julgar qualquer coisa".



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