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PRATO CHEIO
Marido de Tita Dias é dono do "Brasileirinho"
Vereadores abrembar no Mercadão
DA REPORTAGEM LOCAL
A vereadora Tita Dias (PT),
que deixa o cargo no fim do
mês, e o vereador eleito Juscelino Gadelha (PSDB) são ligados
a um dos oito restaurantes que
obtiveram permissão para funcionar no mezanino do Mercado Municipal de São Paulo, administrado pela prefeitura.
O Brasileirinho tem como
um de seus donos Gilberto
Brozinga, marido de Tita e sócio de Gadelha no bar Canto
Madalena, na zona oeste. O bar
venceu, em setembro, a licitação para usar o espaço.
A petista diz não ver problemas. "Se houvesse algum impedimento, a empresa [Canto
Madalena] seria desclassificada
na licitação", disse. "Não sou
dona do bar, é o meu marido, e
o Juscelino não é sócio no papel, apenas informalmente."
A Secretaria do Abastecimento concorda. "Esses nomes
[Tita e Gadelha] não constam
nos documentos apresentados
à prefeitura durante todo o
processo", afirma a nota enviada à Folha.
Segundo a pasta, o termo de
permissão de uso da área "é a
título precário". Isso quer dizer
que a administração paulistana
pode revogar o termo caso haja
infração de cláusulas contratuais ou "por razões de interesse público".
Para Tita Dias, "as pessoas
não podem ser punidas" pelo
fato de ela ser vereadora. A reportagem deixou recados no
escritório e no celular do vereador tucano, mas não obteve
resposta ontem.
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