São Paulo, quarta-feira, 29 de dezembro de 2004

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PRATO CHEIO

Marido de Tita Dias é dono do "Brasileirinho"

Vereadores abrembar no Mercadão

DA REPORTAGEM LOCAL

A vereadora Tita Dias (PT), que deixa o cargo no fim do mês, e o vereador eleito Juscelino Gadelha (PSDB) são ligados a um dos oito restaurantes que obtiveram permissão para funcionar no mezanino do Mercado Municipal de São Paulo, administrado pela prefeitura.
O Brasileirinho tem como um de seus donos Gilberto Brozinga, marido de Tita e sócio de Gadelha no bar Canto Madalena, na zona oeste. O bar venceu, em setembro, a licitação para usar o espaço.
A petista diz não ver problemas. "Se houvesse algum impedimento, a empresa [Canto Madalena] seria desclassificada na licitação", disse. "Não sou dona do bar, é o meu marido, e o Juscelino não é sócio no papel, apenas informalmente."
A Secretaria do Abastecimento concorda. "Esses nomes [Tita e Gadelha] não constam nos documentos apresentados à prefeitura durante todo o processo", afirma a nota enviada à Folha.
Segundo a pasta, o termo de permissão de uso da área "é a título precário". Isso quer dizer que a administração paulistana pode revogar o termo caso haja infração de cláusulas contratuais ou "por razões de interesse público".
Para Tita Dias, "as pessoas não podem ser punidas" pelo fato de ela ser vereadora. A reportagem deixou recados no escritório e no celular do vereador tucano, mas não obteve resposta ontem.

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