|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MARIA APPARECIDA VERGUEIRO VAN LANGENDONCK (1919-2008)
Ela retocou as cores de Anita Malfatti
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos últimos tempos, dona
Zy pintava apenas porcelanas, mas, em vida, trabalhou
em muitas obras. "Só aqui no
meu apartamento tenho 29
telas dela", conta o filho Luís,
que não sabe estimar a quantidade de quadros deixados
pela mãe. "São muitos", diz.
Natural de Campinas, a
93 km da capital, Maria Apparecida Vergueiro Van Langendonck mudou-se ainda
nova para São Paulo, onde
estudou pintura com Antonio Rocco, paisagista italiano
e pintor de traços realistas
que havia se fixado no Brasil
no início do século passado.
"Ela conheceu muitos pintores e expôs fora do país",
lembra o filho. "Chegou a retocar um quadro de Anita
Malfatti [pintora modernista]", afirma. Conheceu ainda
a pintora Tarsila do Amaral.
"Sociável" e "sempre contente em receber visitas em
casa", como a descreve o filho, a retratista casou-se em
1943 com um advogado, com
quem viveu por 54 anos -ele
morreu no fim dos anos 90,
de falência dos órgãos.
"Ela era muito dedicada
aos filhos e à família." Ultimamente, morava numa casa dentro do Clube de Campo de SP, do qual era sócia
emérita. O apelido Zy, que
ela mesma criou, vem de Cida, abreviado de Apparecida.
Na terça-feira, morreu aos
89, após sofrer uma parada
cardíaca, em SP. Teve três filhos e três netos. A missa de
sétimo dia será celebrada hoje, às 19h30, na igreja Nossa
Senhora do Brasil, no Jardim
América, na capital.
obituario@grupofolha.com.br
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Régis inicia hoje a cobrança de pedágio Índice
|