São Paulo, segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

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MARIA APPARECIDA VERGUEIRO VAN LANGENDONCK (1919-2008)

Ela retocou as cores de Anita Malfatti

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Nos últimos tempos, dona Zy pintava apenas porcelanas, mas, em vida, trabalhou em muitas obras. "Só aqui no meu apartamento tenho 29 telas dela", conta o filho Luís, que não sabe estimar a quantidade de quadros deixados pela mãe. "São muitos", diz.
Natural de Campinas, a 93 km da capital, Maria Apparecida Vergueiro Van Langendonck mudou-se ainda nova para São Paulo, onde estudou pintura com Antonio Rocco, paisagista italiano e pintor de traços realistas que havia se fixado no Brasil no início do século passado.
"Ela conheceu muitos pintores e expôs fora do país", lembra o filho. "Chegou a retocar um quadro de Anita Malfatti [pintora modernista]", afirma. Conheceu ainda a pintora Tarsila do Amaral.
"Sociável" e "sempre contente em receber visitas em casa", como a descreve o filho, a retratista casou-se em 1943 com um advogado, com quem viveu por 54 anos -ele morreu no fim dos anos 90, de falência dos órgãos.
"Ela era muito dedicada aos filhos e à família." Ultimamente, morava numa casa dentro do Clube de Campo de SP, do qual era sócia emérita. O apelido Zy, que ela mesma criou, vem de Cida, abreviado de Apparecida.
Na terça-feira, morreu aos 89, após sofrer uma parada cardíaca, em SP. Teve três filhos e três netos. A missa de sétimo dia será celebrada hoje, às 19h30, na igreja Nossa Senhora do Brasil, no Jardim América, na capital.

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