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"Exames e rankings" ampliam pressão, afirmam escolas
DA REPORTAGEM LOCAL
Os professores recebem muita pressão dos pais e dos próprios colégios, reconhece o vice-presidente do Sieeesp (sindicato das escolas particulares
de São Paulo), José Augusto de
Mattos Lourenço.
"Com tantos exames e rankings sendo divulgados, a exigência em cima dos professores
tem sido maior", afirma Lourenço, referindo-se a provas como o Enem (Exame Nacional
do Ensino Médio). "A principal
exigência é por capacitação."
Nesse aspecto, a pesquisa do
Sinpro-SP aponta uma dificuldade adicional aos docentes,
pois na maioria dos casos os
professores dizem que são eles
próprios que pagam seus cursos de atualização (situação
que, nos anos finais do ensino
fundamental, chegou a ser citada por 65% dos educadores).
"Sentimos que os professores são cobrados pelas escolas
para terem melhor formação,
mas são eles próprios que precisam correr atrás", afirma a
coordenadora da pesquisa, Maria Sofia de Aragão.
O representante das escolas
diz também que "a participação
das famílias na educação dos filhos é baixa", mas, ao final do
ano, vem a cobrança. "Muitas
escolas contratam palestrantes
para falar sobre o problema,
mas está difícil", afirma.
Apesar das dificuldades
apontadas, Lourenço analisa
como "normal" o percentual de
professores que pretendem
mudar de profissão (34,6%).
"Se você fizer a mesma pergunta para outros setores, o resultado será parecido. Todos vivem hoje sob pressão", afirma o
vice-presidente do sindicato.
Sobre salários, ele diz "que a
situação dos professores não é
ruim, se comparada com o restante da população". Estudos
sobre o tema já foram divulgados, mas não há consenso sobre
a situação salarial dos docentes
(a comparação é difícil por conta das condições específicas de
carreira e aposentadoria).
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