São Paulo, sexta-feira, 30 de janeiro de 2004

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Incidência subiu 78% no PR

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O gerente do serviço de controle de doenças transmitidas por vetores da Secretaria da Saúde do Paraná, médico sanitarista Natal Jataí de Camargo, disse não haver culpados do fato de o Estado ter registrado um aumento de quase 80% nos casos de dengue em 2003 em relação ao ano anterior.
"De um modo geral, [o aumento] é um fato normal na ocorrência de dengue", afirmou ele.
Dados da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária apontam que o Paraná puxou para cima o índice de casos de dengue na região Sul, ao registrar um crescimento de 77,91% entre janeiro e novembro de 2003, comparativamente a igual período do ano anterior.
De janeiro a dezembro de 2003, o Estado registrou 9.113 casos, contra 5.164 de 2002, um acréscimo de 76,5%, segundo dados fornecidos ontem pela Secretaria Estadual da Saúde. Duas pessoas morreram de dengue hemorrágica em Londrina.
Londrina e Foz do Iguaçu foram as cidades que mais contribuíram para elevação dos índices. "Essas cidades são pólos e recebem muita gente de fora. Esse movimento também aumenta o nível de migração do mosquito", afirmou o sanitarista, que disse não ter havido recuo das campanhas municipais de conscientização.
"Não houve desleixo, e não há como prever onde vai ocorrer mais casos", disse Camargo. Ele também afirmou que o fato de a incidência no Paraná ter ficado muito acima dos registrados em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul se deve ao clima, mais quente nas áreas com surtos.
Camargo disse ainda que a dengue tem "comportamento cíclico". "As pessoas ficam mais suscetíveis à doença depois de um longo período sem contato com ela." Para corroborar essa teoria, o sanitarista aponta o registro de apenas quatro casos neste ano, todos importados. O Paraná tem 3.000 agentes para o combate à dengue. (MARI TORTATO)


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