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Incidência subiu 78% no PR
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O gerente do serviço de controle de doenças transmitidas por vetores da Secretaria da Saúde do
Paraná, médico sanitarista Natal
Jataí de Camargo, disse não haver
culpados do fato de o Estado ter
registrado um aumento de quase
80% nos casos de dengue em 2003
em relação ao ano anterior.
"De um modo geral, [o aumento] é um fato normal na ocorrência de dengue", afirmou ele.
Dados da Secretaria Nacional de
Vigilância Sanitária apontam que
o Paraná puxou para cima o índice de casos de dengue na região
Sul, ao registrar um crescimento
de 77,91% entre janeiro e novembro de 2003, comparativamente a
igual período do ano anterior.
De janeiro a dezembro de 2003,
o Estado registrou 9.113 casos,
contra 5.164 de 2002, um acréscimo de 76,5%, segundo dados fornecidos ontem pela Secretaria Estadual da Saúde. Duas pessoas
morreram de dengue hemorrágica em Londrina.
Londrina e Foz do Iguaçu foram
as cidades que mais contribuíram
para elevação dos índices. "Essas
cidades são pólos e recebem muita gente de fora. Esse movimento
também aumenta o nível de migração do mosquito", afirmou o
sanitarista, que disse não ter havido recuo das campanhas municipais de conscientização.
"Não houve desleixo, e não há
como prever onde vai ocorrer
mais casos", disse Camargo. Ele
também afirmou que o fato de a
incidência no Paraná ter ficado
muito acima dos registrados em
Santa Catarina e no Rio Grande
do Sul se deve ao clima, mais
quente nas áreas com surtos.
Camargo disse ainda que a dengue tem "comportamento cíclico". "As pessoas ficam mais suscetíveis à doença depois de um
longo período sem contato com
ela." Para corroborar essa teoria,
o sanitarista aponta o registro de
apenas quatro casos neste ano, todos importados. O Paraná tem
3.000 agentes para o combate à
dengue.
(MARI TORTATO)
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