São Paulo, sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

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Temporal mata 6 pessoas, isola cidades e tira trem dos trilhos no RS

Duas pessoas estão desaparecidas; chuva equivale à média de dois meses

PABLO SOLANO
DA AGÊNCIA FOLHA
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Fortes chuvas no sul do Rio Grande do Sul na noite de anteontem e na madrugada de ontem causaram ao menos seis mortes, a interdição de rodovias, o isolamento de cidades e o descarrilamento de um trem.
Segundo a Defesa Civil, cerca de 1.200 pessoas estão desalojadas e 730 foram para a casa de parentes ou amigos. Duas permanecem desaparecidas, entre elas o maquinista do trem.
As chuvas inundaram trechos de três rodovias federais e de duas estaduais. Pelotas e Turuçu chegaram a ficar isoladas.
As vítimas morreram afogadas. Em Capão do Leão (265 km de Porto Alegre), foram três mortes. A Brigada Militar diz ter havido outras duas.
Um casal foi encontrado morto em Pelotas (258 km de Porto Alegre). Em Turuçu (216 km da capital), o corpo de um homem de 55 anos foi encontrado no quarto inundado.
Em Pelotas, um trem de carga descarrilou sobre a BR-392, numa área inundada. A ALL, responsável pelo trem, diz que perdeu contato via satélite com o maquinista Adão Almeida, 49, à 0h46 de ontem. A empresa contratou mergulhadores para auxiliar nas buscas. Até a noite, ele não fora encontrado.
A população de Capão do Leão teve o fornecimento de energia e água interrompido.
"A enxurrada levou a ponte de ferro do trem como se fosse de papel", diz o prefeito João Serafim Quevedo (PDT).
Em Pelotas, 60 famílias foram retiradas de áreas inundadas. Já Turuçu chegou a ficar 70% inundada -a prefeitura informou haver mais de mil desabrigados e desalojados.
De acordo com o serviço meteorológico MetSul, entre quarta e quinta-feira choveu 278 mm -ou a média de dois meses de chuva. "Foi um volume de chuva impressionante, parecido com o que caiu no Vale do Itajaí (SC)", afirma o meteorologista Eugênio Hackbart.

SC e MG
Em Timbé do Sul (271 km de Florianópolis), a chuva fez um rio transbordar, isolando comunidades.
Em Minas, com a morte de um menino em Nova Belém (342 km de BH), na terça, subiu para 28 o número das vítimas.


Colaboraram JOSÉ EDUARDO RONDON e RENATA BAPTISTA, da Agência Folha


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