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`Mulher tem
direito a filho'
da Reportagem Local
A Rede Nacional Feminista, que reúne 130 entidades
não-governamentais e centros universitários, defende
a maternidade como um direito inalienável de toda a
mulher. Estão incluídas as
portadoras de qualquer deficiência e mesmo as mães
soropositivas.
``Depois de completamente informada sobre as
dificuldades e consequências, a mulher tem o direito
de escolher'', afirma Eleonora Menicucci, da Rede
Feminista e da Unifesp.
``E os serviços de saúde e
os profissionais deverão
acatar sua decisão'', diz.
No caso de mães que são
soropositivas, 25% delas
poderão ter filhos com o
HIV. Muitas delas morrerão quando a criança ainda
estiver pequena. Ainda assim, caberá a ela decidir.
``A mãe pode querer o filho
como continuidade dela
própria. É um direito que
ninguém pode tirar dela'',
afirma Eleonora.
Dorina Nowill, fundadora
e presidente da fundação
que leva seu nome, criou
cinco filhos depois de ficar
cega aos 17 anos.
``A deficiência pode dificultar, mas não impedir a
criação dos filhos'', diz.
``Quem não pode enxergar,
usa outras formas de percepção'', afirmou.
Mas ela reconhece que há
muito preconceito com os
portadores de deficiências,
por isso sempre defendeu a
integração deles desde a
pré-escola. ``Eles devem ser
educados junto com todos
os outros. Isso traz benefícios para todos.''
(AB)
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