FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Os moradores de São Caetano do Sul (no ABC paulista) são os que têm a maior chance de ser atingidos por um raio ou de sofrer prejuízos com a queima de um aparelho eletrônico após uma descarga elétrica durante tempestades no país.
É o que revela um estudo do Elat (Laboratório de Eletricidade Atmosférica), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os pesquisadores elaboraram um ranking das cidades com a maior incidência de raios por quilômetro quadrado.
Foram analisados os dados de cerca de 3.000 municípios das regiões Sudeste, Sul e parte da Centro-Oeste, locais onde há instrumentos capazes de fazer essa medição.
O estudo levou em conta o número de raios que atingiram as áreas em um período de um ano e meio, entre 2005 e 2006.
A pesquisa aponta que São Caetano é a cidade que registra o maior número de incidência de raios por quilômetro quadrado. No município, que possui área de 15,4 km2, ocorreram 280 descargas elétricas em um período de 18 meses -uma média de 12,1 raios por km2.
Segundo Osmar Pinto Júnior, coordenador do Elat, dois fatores fazem de São Caetano a cidade com a maior densidade de raios: a urbanização intensa e os ventos úmidos oriundos do litoral que atingem a região, o que propicia a formação de tempestades.
Outras cidades próximas a São Caetano estão entre aquelas com a maior densidade de raios, como Suzano (2º), Mauá (5º), Santo André (8º) e Ribeirão Pires (11º). São Paulo ocupa a 21ª posição no ranking. A cidade registrou índice de 8,1 raios por quilômetro quadrado.
O Brasil é o país que registra o maior número de incidência de raios. São cerca de 60 milhões de descargas elétricas por ano.


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