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Faculdade irá investigar os excessos
DA SUCURSAL DO RIO
A direção da Faculdade de Medicina da Uerj disse desconhecer
relatos de atitudes agressivas ou
vexatórias na recepção aos novos
alunos. Apesar disso, foi instalada
uma comissão de sindicância para apurar se houve, de fato, um tiro no campus e se houve excesso
nas brincadeiras no trote.
Dependendo do resultado da
sindicância, o caso é levado ao departamento jurídico da universidade, que decidirá então que tipo
de punição seria aplicada aos alunos. O caso está sendo investigado também pela 20ª DP.
A direção afirma que, por enquanto, as conversas preliminares
com os estudantes mostram que
há muitas contradições a respeito
do suposto tiro e das supostas
"brincadeiras". "Se isso realmente
aconteceu, vamos tomar esse caso
como um ponto de honra para
mostrar que não coadunamos
com essa atitude. O que já sabemos até agora é que o tiro, se
aconteceu, não foi no trote. Mas
não há testemunhas do fato", diz
o diretor, Paulo Volpato.
Ele afirma que há um trabalho
da faculdade em parceria com os
alunos para que a recepção aos estudantes seja a melhor possível.
"Isso nunca chegou ao conhecimento da faculdade. Se tivesse
chegado, teríamos tomado todas
as medidas para punir os responsáveis. Fui aluno daqui e, na minha época, não havia trote. Hoje,
sabemos que a violência externa
acaba influenciando a atitude de
alguns alunos, mas nos consideramos uma família e, quando há
abusos, achamos que é nosso dever também impor limites", diz.
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