São Paulo, domingo, 30 de abril de 2006

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Faculdade irá investigar os excessos

DA SUCURSAL DO RIO

A direção da Faculdade de Medicina da Uerj disse desconhecer relatos de atitudes agressivas ou vexatórias na recepção aos novos alunos. Apesar disso, foi instalada uma comissão de sindicância para apurar se houve, de fato, um tiro no campus e se houve excesso nas brincadeiras no trote.
Dependendo do resultado da sindicância, o caso é levado ao departamento jurídico da universidade, que decidirá então que tipo de punição seria aplicada aos alunos. O caso está sendo investigado também pela 20ª DP.
A direção afirma que, por enquanto, as conversas preliminares com os estudantes mostram que há muitas contradições a respeito do suposto tiro e das supostas "brincadeiras". "Se isso realmente aconteceu, vamos tomar esse caso como um ponto de honra para mostrar que não coadunamos com essa atitude. O que já sabemos até agora é que o tiro, se aconteceu, não foi no trote. Mas não há testemunhas do fato", diz o diretor, Paulo Volpato.
Ele afirma que há um trabalho da faculdade em parceria com os alunos para que a recepção aos estudantes seja a melhor possível.
"Isso nunca chegou ao conhecimento da faculdade. Se tivesse chegado, teríamos tomado todas as medidas para punir os responsáveis. Fui aluno daqui e, na minha época, não havia trote. Hoje, sabemos que a violência externa acaba influenciando a atitude de alguns alunos, mas nos consideramos uma família e, quando há abusos, achamos que é nosso dever também impor limites", diz.


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