São Paulo, sexta-feira, 30 de abril de 2010

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Barras não resolvem o problema, diz entidade

Associação de usuários afirma que segurança melhora, mas superlotação não é enfrentada

Alguns passageiros que usam estação Paraíso, onde sistema é testado, elogiam medida, mas outros não veem melhora na ordem

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo Regular do Estado, Mario Sergio Sujdik, diz que o problema de superlotação deve continuar, por conta do atraso de décadas na expansão da rede de metrô e da falta de conexão com outros meios de transporte coletivo. "Claro que é melhor para a segurança, mas não é o ideal. O problema é que as linhas e estações já nascem superlotadas, porque existe uma demanda reprimida", afirma.
A configuração da metrópole, em que as pessoas se deslocam por horas entre casa e o trabalho, é mais um motivo para o esgotamento dos sistemas de transporte coletivo em São Paulo, na avaliação de Sujdik. "Se a pessoa não morar perto do emprego, nada vai mudar."
Segundo alguns usuários da estação Paraíso ouvidos pela Folha, as baias facilitaram a vida dos passageiros. "Quando não tinha isso, todo mundo se empurrava. Agora é mais organizado e mais seguro", diz a estudante Cindel Kozemekin.
Amanda Vieira Santos, 21, conta que as filas estão mais organizadas e são mais respeitadas. "Facilitou a vida."
Outros veem problemas. "A ideia é bacana, mas nem sempre o pessoal respeita", alerta a pianista Ana Cibele, 28. Para Rafael Adonis, o fato de muitos ignorarem as baias as tornam pouco eficazes. "É uma tentativa de organizar, mas, no horário de pico, não funciona porque o pessoal não respeita."


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