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foco
Rio inaugura em área carente biblioteca inspirada em modelo colombiano
BRUNA FANTTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
Em uma área de quase
2.500 m2 na avenida dos Democráticos, zona norte do
Rio, um prédio roxo e amarelo contrasta com a maioria
das casas pobres, cinzentas e
de madeira da comunidade
de Manguinhos. Nele, foi
inaugurada ontem a primeira biblioteca-parque do país.
O projeto segue os moldes
das novas bibliotecas de Medellín e Bogotá, na Colômbia, e teve custo orçado em
R$ 8,7 milhões em verbas do
PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
De acordo com a superintendente de Leitura e Conhecimento da Secretaria de
Estado de Cultura do Rio,
Vera Saboya, o diferencial da
biblioteca é o seu objetivo.
"É um lugar multimídia, para conversar, escutar músicas, assistir a filmes, ler em
voz alta. É dinâmico e chama
a atenção principalmente
dos jovens para a cultura."
O acervo conta com mais
de 25 mil livros, além de 40
computadores com internet
livre, 900 DVDs e um cinema com 200 lugares.
Para o consultor de segurança pública Vinícius Cavalcante, que estudou em
2005, na Colômbia, políticas
públicas para a redução da
violência em áreas carentes,
a inauguração da biblioteca-parque é um grande diferencial. "Nessas regiões o jovem
que envereda para a criminalidade se cansou da ideia
de que cultura é capoeira ou
"bater lata". A biblioteca-parque vai mostrar a ele outras
possibilidades", disse.
Já para a diretora da ONU
Habitat da América Latina e
Caribe, Cecília Martinez,
que conheceu o projeto na
Colômbia, é uma ação benéfica para o bairro de Manguinhos- que tem o quinto pior
índice de desenvolvimento
humano da cidade-, mas
não é uma solução em si. "Só
terá sucesso se for oferecida
infraestrutura no bairro para ligá-lo a outros centros
mais desenvolvidos", diz.
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